Filho de Sergio Cabral é alvo de operação da PF contra o comércio ilegal de cigarros no Rio de Janeiro

O grupo criminoso investigado é responsável por causar prejuízos à União de cerca de R$ 2 bilhões.

Na manhã desta quarta-feira (23), a Polícia Federal e Ministério Público Federal, com apoio da U. S. Homeland Security Investigations (HSI), deflagraram a operação SMOKE FREE com o fim de desmantelar organização criminosa armada e transnacional especializada em comércio ilegal de cigarros.

Entre os procurados está José Eduardo Neves Cabral, filho do ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral, que está preso no Batalhão Especial Prisional (BEP). 

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Na ação de hoje, 300 policiais federais cumpriram 27 mandados de prisão preventiva e 50 mandados de busca e apreensão, expedidos pela 3ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro. Além dos mandados, ordens de bloqueio, sequestro e apreensão de bens, avaliados em cerca de R$ 300 milhões, foram emitidas. Dentre os bens, estão imóveis, veículos de luxo, criptomoedas, dinheiro em espécie, valores depositados em contas bancárias, entre outros.

De acordo com a investigação, iniciada em 2020, o grupo criminoso reiteradamente, no período de quase três anos (2019 a 2022), com falsificação ou não de emissão de notas fiscais, depositava, transportava e comercializava cigarros oriundos de crime em territórios dominados por outras organizações criminosas (facções, milícias, etc), através de acerto entre elas e o grupo ora investigado. Em consequência, efetuava a lavagem dos recursos obtidos ilicitamente e remetia altas cifras ao exterior de forma irregular, entre outros ilícitos cometidos.

Além de José Eduardo Neves Cabral, a organização criminosa contava com uma célula de serviço paralelo de segurança, coordenado por policial federal e integrado por policiais militares e bombeiros, que também atuavam para atender aos interesses espúrios do grupo.

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O grupo econômico que suporta a organização criminosa investigada é devedor contumaz da União e possui débito tributário de, aproximadamente, R$ 2 bilhões, segundo informado pela Procuradoria Geral da Fazenda Nacional.

A Agência de Investigações de Segurança Interna (Homeland Security Investigations – HSI) - da Embaixada dos Estados Unidos em Brasília, compartilhou informações e colaborou com a Polícia Federal na operação, como parte da cooperação policial internacional de longa data entre autoridades norte-americanas e brasileiras.

Os investigados podem responder pela prática de crimes de sonegação fiscal, duplicata simulada, receptação qualificada, corrupção ativa e passiva, lavagem de capital e evasão de divisas. Se condenados, podem sofrer penas privativas de liberdade que, se somadas, alcançam o patamar de 66 anos de reclusão, sem contar com as causas de aumento de pena.

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Foto: Polícia Federal/Divulgação
Foto: Polícia Federal/Divulgação
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Foto: Polícia Federal/Divulgação
Foto: Polícia Federal/Divulgação
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