Jovem de 18 anos morre após batida entre duas bicicletas motorizadas em Nova Serrana (MG)

Uma jovem de 18 anos morreu após um acidente envolvendo duas bicicletas motorizadas na Rodovia Municipal Carmem Duarte, em Nova Serrana (MG).

Segundo o Corpo de Bombeiros (CBMMG), as duas bicicletas trafegavam pela rodovia na noite de sexta-feira (4), quando uma atingiu a outra na lateral. Os militares informaram, ainda, que o local não tem iluminação na via, nenhuma das bicicletas tinha farol e ambos os ciclistas, não usavam capacete no momento do acidente.

Á vítima, condutora de uma das bicicletas, foi encontrada deitada em via pública, inconsciente. Ainda segundo o corpo de bombeiros, foi realizado o exame físico e não foi constatado nenhum dos sinais vitais.

A vítima ainda apresentava, traumatismo craniano encefálico, e uma grande hemorragia no crânio. O local foi preservado, e a polícia civil compareceu no local para realizar os trabalhos da perícia.

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O condutor da outra bicicleta envolvida, sofreu um ferimento em seu pé, mas não quis atendimento.

Quais são as regras para o uso de bicicletas motorizadas no Brasil?

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Legislação brasileira equipara bicicleta motorizada a ciclomotor e estabelece uma série de regras, como a necessidade de carteira de habilitação.

A estrutura de uma bicicleta motorizada, mais simples do que uma motocicleta, pode levar a crer que não é necessário ter uma habilitação específica e emplacamento para pedalar esse veículo. Entretanto, o Código de Trânsito Brasileiro estipula que a bike movida a combustão ou eletricidade, em alguns casos, está equiparada a ciclomotores.

Conheça as regras de acordo com cada categoria de bicicleta.

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É possível dirigir uma bicicleta elétrica a partir dos 16 anos de idade, sem a necessidade de habilitação e placa. Mas, para isso, o veículo deve ter uma potência máxima de 250 watts, alcançar velocidade de até 25 km/h, não ter acelerador e o motor dele tem de funcionar somente enquanto o ciclista estiver pedalando.

O condutor deverá usar capacete, e o veículo deverá ter buzina, retrovisores, sinalização noturna e velocímetro. Esse veículo é considerado pela legislação como um tipo especial de bicicleta e, por isso, deve circular em ciclovias e ciclofaixas ou, quando inexistentes, nas margens das vias, da mesma forma que uma bike sem motor.

Os modelos mais baratos disponíveis no mercado custam a partir de aproximadamente R$ 2 mil, mas os veículos mais sofisticados chegam a custar quase R$ 7 mil, mais caros do que os ciclomotores.

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Para dirigir uma bicicleta motorizada a combustão de até 25 cilindradas ou elétrica com uma potência máxima de até 350 watts, o veículo deverá estar emplacado, e o ciclista precisará da Autorização para Condução de Ciclomotores (AAC) ou da Carteira Nacional de Habilitação (CNH).

A AAC tem um custo menor do que a CNH, pois pode ser obtida com 20 horas/aula de curso teórico e 10 horas/aula de aprendizado prático a custo médio de R$ 1 mil. A habilitação categoria B exige 65 horas/aula entre teoria e prática, que custam praticamente o dobro da autorização para condução.

Apesar da documentação, essa bike tem a mesma exigência das bicicletas elétricas menos potentes, ou seja, velocidade máxima de 25 km/h, necessidade de uso de capacete e a existência de equipamentos de segurança. O motor também só deve funcionar enquanto o pedal estiver acionado.

As bikes entre 251 e 350 watts precisam atender também às regras para ciclomotores com velocidade máxima de até 50 km/h, como ter um farol dianteiro, que deve se manter ligado mesmo durante o dia, e pneus em condições mínimas de segurança. Além disso, as bicicletas motorizadas com um pouco mais de potência precisam circular nas mesmas vias do que as motos, os carros e os demais veículos motorizados.

Caso desobedeçam as regras, as penalidades podem incluir remoção de veículo, multa gravíssima no valor de R$ 574,62 e sete pontos para o proprietário.

Crescimento de interesse por bicicletas elétricas

Os brasileiros compraram 32 mil bicicletas elétricas em 2020, o que representa um crescimento de 28,4% em comparação com 2019, segundo a Associação Brasileira do Setor de Bicicletas (Aliança Bike). Para 2021, a entidade projeta um crescimento entre 23% a 32%, ou seja, de 39,5 mil a 43 mil unidades vendidas.

Fonte: Centro Intersetorial de Prevenção de Acidentes de Trânsito no Paraná (Cedetran), Detran/ES, Código de Trânsito Brasileiro (CTB), Governo do Brasil, Associação Brasileira do Setor de Bikes (Aliança Bike).

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