O Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais suspendeu 26 cirurgias eletivas nos últimos dias devido ao remanejamento de funcionários provocado pela greve de profissionais da saúde. A informação foi divulgada, nesta quinta-feira (28), pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), responsável pela gestão da instituição.
Segundo a Ebserh, os trabalhadores entraram em greve devido a resolução do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), que aborda, entre outros pontos, o aumento salarial dos funcionários de diversas áreas. Nesta manhã, servidores fizeram uma manifestação em frente a unidade cobrando um acordo com a empresa para reajuste nos salários.
Luciana Batista, enfermeira no comando da greve, afirma que os servidores reivindicam reajuste conforme a inflação, já que eles possuem atualmente um déficit na folha salarial.
"Não queremos aumento salarial, queremos o reajuste porque desde 2015 estamos com o mesmo salário e as coisas só vem subindo e aumentando. Queremos o reajuste de em torno de 22% para cobrir a inflação", conta.
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A servidora conta que representantes do Sindicato dos Trabalhadores Ativos, Aposentados e Pensionistas do Serviço Pùblico Federal no Estado de Minas Gerais (Sindsep-MG) vão se reunir com representantes da Ebserh, em Brasília, hoje para tentar chegar a um acordo.
A paralisação teve início no dia 21 de setembro, mesma data que profissionais da enfermagem aderiram à paralisação nacional, promovida após a suspensão do piso salarial da classe.
Segundo a Ebserh, 3% dos trabalhadores, do setor administrativo e assistencial, estão em greve atualmente na capital mineira. As cirurgias eletivas canceladas estão sendo remarcadas. A empresa informou que não houve impacto nas cirurgias de urgência e 100% dos atendimentos de urgência são preservados.
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Em nota, a Ebserh disse que o processo de negociação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) com as entidades sindicais teve mais de 20 rodadas e ofertas de aumentos feitas pela empresa, porém sem que se chegasse a um consenso.
"Diante do impasse nas negociações, a Ebserh peticionou no dia 10 de agosto, no Tribunal Superior do Trabalho (TST), pedido para análise dos ACT’s em curso, requerendo o julgamento imediato do dissídio coletivo, inclusive quanto aos ACTs em aberto, visando a resolução do fato", diz trecho do comunicado.
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