Professores das Umeis de BH decidem em assembleia manter paralisação, que já dura um mês

Os professores da Educação Infantil de BH decidiram pela manutenção da greve, iniciada no dia 23 de abril, durante a assembleia da categoria, realizada na tarde desta quarta-feira (23), na Praça da Estação, no hipercentro da capital. Já os educadores do Ensino Fundamental, parados desde o dia 17 de maio, suspenderam a paralisação. A matéria continua após a publicidade Mais cedo, os educadores da rede municipal de ensino foram recebidos pela Comissão de Orçamento e Finanças Públicas da Câmara de BH. A reunião extraordinária foi convocada pela presidente do colegiado, vereadora Marilda Portela (PRB). Segundo ela, o secretário municipal de Planejamento, André Reis, e a secretária-adjunta de Recursos Humanos, Fernanda Neves, apresentaram os gastos do município com educação. Já os representantes do Sind-Rede, Vanessa Portugal e Wanderson Rocha, reivindicaram mais uma vez a valorização dos professores e a equiparação das carreiras. Ainda conforme a vereadora, não foi possível chegar a um acordo. Entretanto, os dois lados se comprometeram a trabalhar para alcançar uma proposta que atenda aos professores e seja viável ao orçamento da Prefeitura de BH. A última assembleia do professores das Umeis foi no dia 16. Na ocasião, o Sind-Rede sugeriu o escalonamento como forma de atingir a equiparação com a carreira do professor do Ensino Fundamental. A proposta é que no mês de junho os professores da rede infantil passem para o nível 5 da carreira; em dezembro, para o nível 8; e em julho de 2019, para o nível 10 da carreira. Porém, o prefeito Alexandre Kalil disse que só vai negociar com a categoria após o retorno ao trabalho. Atualmente, um educador infantil em início de carreira recebe R$ 1.431 por 22,5 horas trabalhadas semanalmente. A proposta apresentada pela prefeitura no mês passado previa aumento de até quatro níveis na carreira para os profissionais formados em pedagogia ou normal superior e que não tiveram progressão por escolaridade, chegando a rendimentos de R$ 1.680,79. ​Para os docentes, o acréscimo de quase R$ 250 não é suficiente e o ideal seria chegar aos R$ 2.252,42 iniciais do Ensino Fundamental. Quanto aos educadores do Ensino Fundamental, na quinta (17) a Prefeitura de Belo Horizonte chegou a anunciar que atenderia a reivindicação da categoria sobre a implementação do tempo de sete horas da jornada semanal para o planejamento extraclasse. Caso a proposta fosse aceita pelos professores, o Executivo enviaria um Projeto de Lei à Câmara Municipal, reduzindo a jornada semanal, que hoje prevê 22 horas e 30 minutos, para 21 horas, sem redução de salário. Na proposta da PBH, estava previsto ainda que 1/3 da jornada semanal, equivalente às 7 horas, seria utilizada para atividades extraclasse. Os 2/3 restantes, 14 horas, seriam dedicados à sala da aula. E o tempo de recreio estaria excluído da jornada de 21 horas, sendo um intervalo de descanso para o professor. Na ocasião, apesar da proposta, os professores decidiram pela manutenção da greve, por causa de uma reivindicação que não tinha sido atendida: a aplicação do reajuste do piso nacional da educação de 6,81%. Mas a categoria voltou atrás nesta quarta.

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