Ucrânia declara estado de emergência

Governo convoca cidadãos a voltarem da Rússia

A Ucrânia declarou estado de emergência nesta quarta-feira (23) e pediu que seus cidadãos na Rússia deixem o país, enquanto Moscou começou a esvaziar sua embaixada em Kiev no último e sinistro sinal para os ucranianos que temem um ataque militar completo da Rússia.

Os bombardeios foram intensificados na fronteira leste da Ucrânia, onde o presidente russo, Vladimir Putin, reconheceu a independência de duas regiões rebeldes apoiadas por Moscou nesta semana, e decretou o destacamento de tropas russas como "mantenedores da paz".

Foto: Reuters

Mas ainda não havia indicações claras sobre se ele planeja seguir essa medida com um ataque ao país vizinho com milhares de soldados acumulados nas regiões de fronteira com a Ucrânia.

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O clima de incerteza afetou os mercados financeiros, mas o preço do petróleo caiu na quarta-feira, os mercados globais interromperam uma tendência de queda de quatro dias e a demanda por ativos seguros diminuiu enquanto líderes ocidentais e a Ucrânia aguardam a próxima jogada de Putin.

"Prevendo o que pode ser o próximo passo da Rússia, dos separatistas ou as decisões pessoais do presidente russo, eu não posso dizer", afirmou o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy.

Além do estado de emergência de 30 dias, o governo ucraniano anunciou que haverá serviço militar obrigatório para todos os homens em idade de combate. Os websites do Parlamento, do gabinete e do Ministério de Relações Exteriores da Ucrânia estão fora do ar. Os websites do governo passaram por várias quedas nas últimas semanas, por conta do que o governo de Kiev classifica como ataques digitais.

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Moscou nega planejar uma invasão e descreveu os alertas como histeria anti-Rússia, mas não tomou medidas para retirar as tropas organizadas ao longo das fronteiras com a Ucrânia.

Nesta quarta-feira, a Rússia removeu suas bandeiras da embaixada em Kiev, depois de ordenar que os diplomatas se retirassem por razões de segurança.

Os Estados Unidos e seus aliados revelaram mais sanções contra a Rússia, e deixaram claro que estão mantendo medidas mais duras guardadas para o caso de uma invasão em escala total.

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As sanções da União Europeia (UE) aprovadas na quarta-feira irão incluir em uma lista negra todos os membros da Câmara inferior do Parlamento russo que votaram pelo reconhecimento das regiões separatistas na Ucrânia, congelando seus ativos e proibindo viagens a países do bloco.

Líderes da UE também irão fazer uma cúpula de emergência nesta quinta-feira (24) para discutir o que fazer em seguida.

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