Além disso, o surgimento da variante ômicron é outro fator que pesa para a não realização das festividades. Em Belo Horizonte, por exemplo, as autoridades investigam um caso suspeito de contaminação pela nova linhagem do coronavírus em uma mulher internada no Hospital Eduardo de Menezes. De acordo com o presidente da Associação Mineira de Municípios (AMM), Julvan Lacerda, ainda não há uma definição geral no Estado.
Segundo ele, a AMM aguarda esclarecimentos efetivos sobre a possibilidade de aumento de casos de Covid-19 em Minas, para um posicionamento concreto da instituição. “Nosso pensamento atual é que não se trata de serviço essencial, então o melhor, neste momento, é evitar”, acrescentou. Em São João del-Rei, no Campo das Vertentes, o prefeito Nivaldo Andrade (PSL) confirmou a suspensão dos eventos.
Entretanto, ele ressalta que a cidade deve receber um fluxo intenso de turistas, como já ocorre tradicionalmente, e que 95% da população apoia a não realização das festividades.
Em Tiradentes, a decisão final será tomada até o final desta semana, quando haverá uma reunião com o comitê de enfrentamento da Covid e secretários de governo. Mas, segundo o prefeito Nilzio Barbosa (MDB), os eventos não devem acontecer. Em outras cidades tradicionais, o martelo será batido até 10 de dezembro, quando a Associação das Cidades Históricas de Minas Gerais se reunirá para definir se os 30 municípios integrantes realizarão os eventos de réveillon e Carnaval.
Prefeito de Itapecerica e presidente da associação, Wirley Reis (Podemos) destaca que não há como organizar essas festas e fiscalizar o cumprimento de medidas sanitárias, por isso as comemorações devem ser suspensas.Outras cidades que confirmaram o cancelamento dos eventos foram São Brás do Suaçuí, Jeceaba e Entre Rios de Minas. De acordo com o secretário de Saúde de Entre Rios, Franklin William, há o temor de que a flexibilização para comemorações resulte em novo caos no sistema de saúde, como já visto em 2021.
