Polícia Civil prende suspeitos de aplicar golpe do falso emprego em Minas Gerais

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) prendeu, nesta quinta-feira (28), quatro representantes de uma empresa que prometia vagas garantidas de emprego para menor aprendiz. A condição era participar de um curso pago antecipadamente, porém, após o pagamento, não havia vaga.   Na ação de hoje, realizada pela Delegacia Especializada em Defesa do Consumidor (Decon), foram cumpridos mandados de prisão e de busca e apreensão decretados pelo Poder Judiciário, sendo uma pessoa presa preventivamente, e outras três em flagrante.     A matéria continua após a publicidade Link para baixar o aplicativo “Durante a investigação, a PCMG apurou que, desde 2017, os investigados vêm abrindo e fechando empresas, burlando as autoridades e ludibriando as vítimas, que chegam a mais de 100 pessoas”, destaca a delegada Danúbia Quadros, responsável pelas investigações.   Os mandados foram cumpridos em Nova Lima, Região Metropolitana, e em Belo Horizonte, onde os crimes ocorriam. Entre os presos estão dois homens e duas mulheres, sendo que três deles já acumulam passagem pelo crime de estelionato. Uma das suspeitas confirmou à polícia que participou do esquema criminoso, mas que teria saído em meados de setembro deste ano. [caption id="attachment_96273" align="alignnone" width="800"] Foto: Polícia Civil/Divulgação[/caption] [audio mp3="https://destaknewsbrasil.com.br/wp-content/uploads/2021/10/Coletiva.mp3"][/audio] Investigações   Os levantamentos apontaram que os suspeitos abriram, aproximadamente, sete empresas nesse período, sendo a última situada no bairro Prado, em uma casa que foi alvo das buscas de hoje. Na residência do casal de suspeitos, foram apreendidos documentos referentes às empresas anteriores. [caption id="attachment_96272" align="alignnone" width="1280"] Foto: Polícia Civil/Divulgação[/caption]   As investigações, iniciadas em fevereiro deste ano após registro de ocorrência do representante legal de um dos adolescentes, apontaram que os estelionatários obtinham o contato telefônico de potenciais vítimas a partir de outros sites que ofereciam vagas de emprego para menores. Os representantes legais eram contatados por telefone e recebiam a falsa promessa, geralmente pagando entre R$ 1 mil a R$ 2 mil pelos cursos de capacitação.   Alerta O chefe da Divisão de Fraudes, delegado Eric Brandão, chama a atenção para o potencial lesivo dos golpes. “Estamos em um momento de desemprego e estelionatários se aproveitam da vulnerabilidade dessas pessoas, que sonham com um primeiro emprego, às vezes, as colocando em situações muito precárias”, afirma.   O delegado ressalta que é preciso ficar atento a ofertas de emprego como essas. “É incomum que uma vaga garantida de emprego seja oferecida por telefone. Portanto, em caso de suspeita, deve-se buscar informações sobre a procedência daquela empresa e desconfiar das condições impostas”, completa.   Como denunciar   Caso haja outras vítimas desse tipo de golpe, a PCMG orienta que compareçam à Decon, situada na Rua Martim de Carvalho, 94 - térreo, bairro Santo Agostinho, na capital, para o devido registro da ocorrência e a representação criminal. “Conforme determinação legal, o crime de estelionato é de ação pública condicionada à representação da vítima para início da investigação”, esclarece Danúbia Quadros. A Polícia Civil informa que as investigações prosseguem para apurar a participação de outros envolvidos.

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