
- 05/05/2025 - Itapecerica/MG
RIO - Morreu no fim da manhã desta segunda-feira o cineasta Roberto Farias. Irmão do ator Reginaldo Faria, Roberto tinha 86 anos, quase todos dedicados à sétima arte, seja como ator, roteirista, diretor e produtor. Ele lutava contra um câncer de próstata há cerca de cinco anos, e estava internado no Copa Star. O velorio será amanhã, no Memorial do Carmo, e o enterro, em Nova Friburgo, onde nasceu.
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- Ele descansou, no momento mais oportuno. Estava sofrendo demais - disse o ator Marcelo Faria, sobrinho de Roberto e filho de Reginaldo, que aos 11 anos acompanhou os dois nas filmagens de "Pra frente, Brasil". - É dificil para mim falar tudo que meu tio Roberto representa para nossa família. Quando veio de Friburgo para fazer cinema no Rio, ele começou este legado. Foi o precursor da família inteira. Uma inspiração para irmãos, filhos, sobrinhos... Um homem que produziu cinema para praticamente todos os cineastas do início da história do cinema nacional.
Farias produziu mais de 25 filmes de longa-metragem, entre eles clássicos como "O assalto ao trem pagador" (1962), que também dirigiu, além de "Aventuras com Tio Maneco", "Maneco, o super-tio" e "Não quero falar sobre isso agora".
Na direção, além de "Pra frente Brasil", assinou filmes estrelados por Roberto Carlos, como "Roberto Carlos em ritmo de aventura" e "Roberto Carlos e o diamante cor de rosa". Também trabalhou com os Trapalhões, em "Os trapalhões e o auto da compadecida".
Na TV, dirigiu minisséries como "As Noivas de Copacabana" e "Memorial de Maria Moura", além de vários episódios do programa "Você decide".
- Ele é um cara que deixa muita saudade e alegria, ao mesmo tempo, por ter proporcionado tudo isso para nós todos. O que importa e a história que ele construiu. E é muito bonito o legado que ele deixou para a gente e para o cinema. É triste, mas ao mesmo tempo confortante - disse Marcelo.

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DN