Dois homens são condenados por tentativa de homicídio em Belo Horizonte

Os dois homens acusados de jogar uma mulher viva e ferida no Rio Arrudas, na altura do Bairro Calafate, foram condenados nesta quarta-feira (28), por tentativa de homicídio qualificado (motivo torpe e recurso que impediu a defesa da vítima). L. H. F. foi condenado a 9 anos e 4 meses de reclusão e W. B. S. a 10 anos e 8 meses.  O julgamento, presidido pelo juiz Ricardo Sávio de Oliveira, foi realizado no 2º Tribunal do Júri do Fórum Lafayette. Os trabalhos começaram às 8h30 e foram finalizados às 18h10.    A matéria continua após a publicidade A vítima, na época em situação de rua, não estava presente no julgamento. Um policial militar, que participou da operação de salvamento, e um policial civil, que atuou nas investigações, foram os únicos ouvidos.  Os réus, L. H. F. e W. B. S., também em situação de rua na época dos  fatos, assumiram que jogaram a vítima no rio. Mas alegaram acreditar que ela estava morta. Eles afirmaram que tiveram que atender a ordem dada pelo traficante, que já tinha agredido a vítima e a deixado inconsciente.  [caption id="attachment_87046" align="alignnone" width="1000"] A promotora Janaini Kelly Brandão Silveira fala aos jurados ( Crédito : Raul Machado/TJMG )[/caption]   Denúncia  De acordo com a denúncia do Ministério Público, no dia 28 de maio de 2020, L. H. F. e W. B. S., atendendo a pedido de um traficante local, retiraram a vítima de um carrinho usado para reciclagem de lixo, onde já se encontrava ferida e inconsciente, e a jogaram no Rio Arrudas. Acreditando tê-la matado, os acusados deixaram o local.  Segundo a denúncia, a vítima estaria furtando drogas no aglomerado Bimbarra e tinha dívidas de drogas no local.  As agressões teriam sido em retaliação a este comportamento.  Debates  A promotora Janaini Kelly Brandão Silveira reforçou os argumentos da denúncia. Apresentou laudos médicos e contou que a vítima ficou em coma por três dias, além de sofrer múltiplas fraturas, inclusive expostas. Segundo a promotora, a vítima foi arremessada de uma altura de 13m.  A defesa dos acusados, a cargo dos advogados Anderson Marques Martins Gomes Pereira, Renata Rodrigues Aragão e estagiários, argumentou que os acusados acreditavam que a vítima estava morta.  Para os advogados, os acusados devem ser condenados somente pelo crime de ocultação de cadáver. Eles pediram, ainda, aos jurados que caso optassem pela condenação por tentativa de homicídio, que as qualificadoras fossem excluídas. As solicitações foram negas pelos jurados.  O juiz negou aos acusados o direito de recorrer em liberdade. Ambos continuaram presos.

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