Justiça suspende toque de recolher em todo estado de Minas Gerais

O presidente do Tribunal de Justiça de Minas, desembargador Gilson Soares Lemes, concedeu entrevista nesta segunda-feira (5) ao Jornal Estado de Minas, via Instagram. Ele reafirmou a importância da conciliação e mediação para se alcançar um judiciário mais célere, efetivo e justo, e uma prestação jurisdicional eficiente.   A matéria continua após a publicidade Link para baixar o aplicativo   O presidente Gilson Lemes foi entrevistado pelo jornalista Benny Cohen, editor do Portal UAI, logo após importante reunião com o secretário de governo do Estado, Mateus Simões; o advogado-geral do Estado, Sérgio Pessoa; o procurador-geral de Justiça adjunto, Carlos André Bittencourt; e o deputado estadual Bruno Engler. Durante reunião chegou-se a um acordo, mediado pelo TJMG, para a imediata suspensão do toque de recolher em todo o Estado de Minas Gerais e a permissão de visitas sociais nos domicílios. Segundo o presidente Gilson Lemes, o acordo foi fechado em ação proposta pelo deputado estadual Bruno Engler que pedia a flexibilização de várias medidas. Além do fim imediato do toque de recolher, que vigorava entre 20h e 5h, estão autorizadas ainda as visitas domiciliares. Nesta quarta-feira (7), o Governo de Minas faz nova reunião do comitê de Enfrentamento da covid-19 para definir se as condições sanitárias permitem novas flexibilizações. “Não entramos nas definições destas regras de controle”, disse. Decisões judiciais O presidente Gilson Lemes afirmou que foram interpostas na justiça mais de 3 mil ações no período de março de 2020 a fevereiro de 2021 buscando medicamentos, intervenções ou mesmo leitos de hospital. Acrescentou que os pedidos, em sua maioria, foram deferidos em razão da previsão constitucional já que a saúde é direito de todos e dever do Estado. Home-office O presidente Gilson Lemes disse que o home-office veio para ficar, inclusive no judiciário. Uma tendência que se desenha, de forma mais robusta, a partir da priorização da digitalização de todos os processos, antes restritos apenas aos da área cível. “Até julho de 2022, todos os processos serão digitais e eletrônicos facilitando esta modalidade de trabalho”, disse. O presidente reafirmou, ainda durante a entrevista, a necessidade de se valorizar alternativas que evitem a excessiva judicialização das demandas. Citando o acordo com a Vale S.A, o Governo de Minas e Instituições públicas – o maior já realizado na América Latina – afirmou que um acordo é melhor do que uma decisão 20 anos depois do fato com 20% a mais de valor. Empenho O presidente Gilson Lemes ressaltou que há um grande volume de processos em análise por desembargadores e juízes brasileiros.  Em Minas, os desembargadores recebem cerca de 300 processos mensalmente e os juízes, entre 300 e 400. “Temos 5,5 milhões de processos em tramitação para ser julgados por 900 magistrados”, enfatizou. Siga-nos Também no Instagram: @destaknews  

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