
Os funcionários da Dataprev também citam como entrave nas tratativas que o novo plano de saúde contratado pela empresa não estende direitos específicos para empregados ativos, aposentados, pensionistas e familiares que estavam garantidos em cláusulas do acordo coletivo de 2020.
Além disso, os trabalhadores relatam que, na última sexta-feira (5), a diretoria da Dataprev enviou ofício à entidade sindical propondo que as negociações fossem retomadas sob mediação do Tribunal Superior do Trabalho (TST). A categoria informa ter recusado a medida e respondido que aguarda uma proposta concreta para que as tratativas se deem diretamente entre as partes.
"Desde o ano passado, temos denunciado o desmonte da estrutura da Dataprev com demissões em massa e o fechamento de unidades pelo Brasil", afirma o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Processamento de Dados e Tecnologia da Informação do Estado de São Paulo (Sindpd) e da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), Antonio Neto. "Mesmo assim, os trabalhadores da Dataprev estiveram na linha de frente durante a pandemia, e se não fosse o trabalho desses profissionais teria sido impossível pagar o auxílio emergencial para quase 70 milhões de brasileiros no ano passado", acrescenta o líder sindical, que é presidente municipal do PDT em São Paulo (SP).
Neto diz ainda que os trabalhadores não vão aceitar "a precarização que querem impor para depois privatizarem" a Dataprev, que ele classifica como patrimônio nacional.