Os secretários estaduais de Segurança Pública se revoltaram com a determinação do Ministério da Saúde para que presos sejam imunizados contra a Covid-19 antes de policiais. Os gestores acionaram a pasta da Justiça sobre a priorização da população carcerária. A informação é da coluna Painel, do jornal Folha de S. Paulo .
De acordo com as determinações da Saúde, presos aparecem na 17ª posição na fila de prioridade. Eles estão à frente dos agentes que trabalham no sistema carcerário (18º) e também das forças de segurança e salvamento (21º). A matéria continua após a publicidade
"Aqui no estado nenhum preso vai vacinar antes. Não existe isso. Aqui são 20 mil servidores da força, foram 32 mortes por Covid-19. Temos aqui cerca de 23 mil presos. Foram 5 mortes. Nem estatisticamente isso se justifica. Nossos servidores estão muito mais expostos, sem dúvida", afirmou Rodney Miranda, secretário de Segurança do Goiás.
O documento do governo federal com o plano de imunização já tinha sido divulgado no fim de janeiro, mas ainda não era esclarecedor se a ordem era a mesma da lista. Por determinação do ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), a pasta decidiu colocar números ao lado de cada grupo para deixar claro que a lista se referia à ordem dos grupos prioritários.