Moradores da comunidade Partidário, no município de Itapecerica, reclamam de aglomerações formadas por pessoas de outras cidades

Moradores da comunidade de Partidário, em Itapecerica (MG), estão reclamando das constantes aglomerações que ocorrem no local, com mais de 100 moradores. Visitantes de outras localidades se reúnem constantemente na principal rua da comunidade, sem máscaras e cuidados necessários contra o coronavírus. O receio entre os moradores é a transmissão aos moradores mais idosos.

De acordo com o G1, a Prefeitura de Itapecerica que informou estar ciente da situação. No entanto, ainda não informou se há alguma ação de fiscalização na localidade. A Polícia Militar (PM) informou que não fiscaliza aglomerações sem denúncias prévias.

Reuniões no fim de semana

 

Uma moradora aposentada da comunidade, que não quis se identificar, disse que, no fim de semana, lugarejo recebe visitas de moradores de várias cidades da região, como Nova Serrana, Divinópolis e São Sebastião do Oeste. Segundo ela, é um ponto de encontro que tem sido cada vez mais procurado. Ela avaliou como positivo para a economia do local, mas coloca em risco toda a população.

"Temos muitos moradores idosos aqui na comunidade. Receber essas visitas é sempre bom, mas agora não é hora para isso. Não é hora para aglomerações, ainda mais se não tem os devidos cuidados como o uso de máscaras e distanciamento", disse.

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[caption id="attachment_81369" align="alignnone" width="984"] Comunidade de Partidário em Itapecerica; moradores reclamam de aglomerações na pandemia — Foto: Claudiney Rodrigues/Divulgação[/caption]

Principal rua do lugarejo

 

A rua onde as pessoas ficam concentradas é a principal do lugarejo. Ela disse que mesmo os bares estando fechados para receber clientes no interior dos estabelecimentos, as pessoas se aglomeram do lado de fora.

"Infelizmente, a gente nunca sabe quem está com o vírus e quem não está. Nunca sabe da responsabilidade de cada um em relação a essa pandemia. Às vezes, a pessoa até tem o vírus e, mesmo sabendo, ignora a gravidade e não respeita o distanciamento social", disse.

"O que queremos é uma fiscalização mais forte aqui na comunidade, pois não é hora de recebermos visitas. Não é hora das pessoas se reunirem para beber e festejar na nossa comunidade. Estamos com medo e queremos uma proteção", finalizou a aposentada.

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Ainda segundo os moradores, as aglomerações seguem durante toda a noite e madrugada. "Tem noite que a gente nem consegue dormir com barulho de som ligado e conversa. De 40 pra mais pessoas ficam na rua durante a madrugada. No meio de uma pandemia, com o coronavírus matando desse jeito, o povo junto festejando", disse um aposentado de 72 anos, que não quis ser identificado.

"A gente precisa de uma intervenção da polícia, isso sim. depois que todos forem vacinados vamos ter o maior prazer de receber as pessoas aqui de novo, mas agora não é hora", concluiu.

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