Dupla é presa pela Polícia Civil suspeita de aplicar golpe do falso consórcio em Belo Horizonte

Após seis meses de investigação, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) cumpriu, nessa quarta-feira (6), três mandados de busca e apreensão que resultaram na prisão em flagrante, por estelionato, de dois homens, ambos de 24 anos. A dupla, apontada como líder de organização criminosa, era responsável por uma empresa localizada em Belo Horizonte, suspeita de negociar falsas cartas de crédito contempladas. A polícia identificou, até o momento, cerca de 64 vítimas em todo o estado e acredita que o grupo criminoso seja formado por 60 pessoas.   A matéria continua após a publicidade Link para baixar o aplicativo   Durante a ação policial, foram apreendidos dois veículos de alto padrão que os proprietários adquiriram à vista, no valor de R$ 130 mil cada, resultado do lucro do crime praticado. A empresa foi fechada pela PCMG. De acordo com o delegado Rodrigo Damiano, o escritório, que fica no bairro Santa Efigênia, capital, funcionava em um prédio bem estruturado. “Esses investigados tinham uma movimentação nesse escritório de R$3 milhões por mês. Isso eles conseguiam com a venda de consórcio, portanto, a gente pode entender que o lucro que eles estavam tendo era muito grande, e a movimentação de pessoas e de vítimas era enorme”. [caption id="attachment_80179" align="alignnone" width="1024"] Foto: Polícia Civil/Divulgação
Ouça a Sonora da Coletiva[/caption] [audio mp3="https://destaknewsbrasil.com.br/wp-content/uploads/2021/01/Coletiva-Policia-Civil.mp3"][/audio] O investigado Paulo Régis revelou como a empresa agia. “O golpe consistia em anunciar bens, entre veículos – carro, moto e caminhão - e casas, em redes sociais e em sites especializados em venda. Eles anunciavam a venda de forma financiada. Quando a vítima chegava ao escritório, por meio de artifícios, eles forçavam a vítima a contratar um consórcio, com a proposta de contemplação imediata e entrega do bem em até 15 dias”, explica. O investigador ainda acrescenta que, em outra ocasião, os dois suspeitos e uma gerente do grupo já haviam sido presos por esse crime, mas foram liberados em audiência de custódia mediante medida cautelar que proibia a continuação do negócio. No entanto, os suspeitos não só retornaram às atividades criminosas, como abriram outros escritórios na Avenida Cristiano Machado e outro no Barreiro. “Não acredite em cartas contempladas com valores muito baixos. Essas cartas não existem. O consórcio é um investimento de longo prazo e você não consegue ter acesso rápido àquele bem material”, orienta Damiano.

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