A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) recuperou aproximadamente 20 mil quilos de queijo muçarela, no último sábado (4), em Itaobim, região do Vale do Jequitinhonha. A carga foi roubada em Lima Duarte, na Zona da Mata, quando os suspeitos fizeram refém o motorista que conduzia o caminhão com os produtos alimentícios. O valor estimado da carga é de R$ 628 mil.
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No dia 24 de junho, o caminhão carregado com mais de 23 toneladas de muçarela saiu de Ponte Nova, região da Zona da Mata, com destino a Itapevi (SP). Por volta das 5h do dia seguinte, o motorista parou em um posto na BR - 267, altura do município de Lima Duarte, para descansar. Após alguns instantes, ele foi rendido por um homem encapuzado e armado que o ordenou seguir no sentido crescente da rodovia por um quilômetro. Depois, foi obrigado a desacoplar a carreta com a carga.
O motorista permaneceu com o suspeito no cavalo mecânico, deixando a carreta carregada na rodovia. Ele recebeu nova ordem de rodar sem direção definida até às 18h, quando foi obrigado a entrar em um carro ocupado por mais três indivíduos. A vítima foi encapuzada e mantida em cárcere privado até às 6h do dia 26 de junho. Em seguida, foi liberada na estrada próximo ao município de Nepomuceno, no Sul de Minas.
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PCMG/Divulgação[/caption]
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Trabalho investigativo
Após tomar conhecimento do fato, uma equipe de investigadores da Delegacia Especializada em Investigação e Repressão a Crimes Rurais, que pertence ao Departamento Estadual de Investigação de Crimes Contra o Patrimônio (Depatri), foi até o local e iniciou a busca pela carga.
Com os levantamentos, descobriu-se que o grupo havia fretado um cavalo mecânico para buscar a carreta onde a vítima relatou ter desacoplado a carga. Foi apurado também que em Diamantina, região Central do estado, dois caminhões teriam feito o escoamento da carga e seguido com destino a Itaobim. Na tarde de sábado (4), a equipe localizou quase todo o montante dos produtos em uma empresa do ramo de laticínios naquele município.
Segundo César Matoso, delegado responsável pelo caso, parte do material já estava desembalada e pronta para receber um novo rótulo. “Acreditamos que a carga já havia sido encomendada pelo receptador, pois é uma carga específica que demanda resfriamento constante e o receptador trabalha no ramo de laticínios com um ambiente apropriado para a manutenção do material”, conclui.
O dono da empresa não estava no local no momento da apreensão e será indiciado por receptação. As investigações continuam para identificar e prender os envolvidos.
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PCMG/Divulgação[/caption]
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