Diante da Operação "One Way", deflagrada pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e Corregedoria da Polícia Civil de Minas Gerais. Um policial civil foi preso na ação, que também investiga empresários e fábricas de placas.
Diante dos fatos, a chefia da Polícia Civil de Minas Gerais enviou um comunicado informando que está consternada com o envolvimento de policiais que se encontravam em exercício de cargos de chefia.
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Operação 'One Way'
O objetivo da Operação "One Way" é identificar a prática de fraudes no credenciamento de fábricas e estampadoras de placas veiculares, além dos crimes de cartel, associação criminosa, prevaricação, lavagem de dinheiro, dentre outras práticas criminosas, em vários municípios da região Centro-Oeste do Estado.
Segundo o Ministério Público, a investigação conjunta do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), Regional Divinópolis, da Promotoria de Justiça de Controle Externo da Atividade Policial de Divinópolis e da Corregedoria da Polícia Civil vem sendo realizada há sete meses.
Durante a operação foram cumpridos um mandado de prisão, 29 mandados de busca e apreensão, além de medidas de bloqueio de valores, sequestro de bens e suspensão das atividades das empresas investigadas.
Os mandados foram cumpridos em Divinópolis, Belo Horizonte, Itaúna, Formiga, Pará de Minas, Bom Despacho, Lagoa da Prata, Santo Antônio do Monte, Itapecerica, Itatiaiuçu e Itaguara.
Alvos da operação
O MPMG informou que são alvos policiais civis, fábricas de placas veiculares, empresários e “laranjas”, que emprestavam os nomes para figurar nos quadros societários da empresa de forma a escamotear os reais proprietários dos empreendimentos.
A Operação One Way contou com a participação de seis promotores de Justiça, cinco servidores do MPMG e 70 policiais civis.
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Posicionamento dos delegados
Ivan Lopes
Ivan Lopes está na Polícia Civil há 22 anos e desde 2019 estava no cargo de delegado-geral da superintendência de informações e inteligência policial. O delegado conversou com o G1 na manhã deste sábado e enviou uma nota sobre o fato. Veja na íntegra.
"Eu pedi exoneração do cargo comissionado ontem. Achei melhor par dar total transparência à investigação. Ninguém está acima da lei. Todos nós, especialmente servidores públicos, estamos sujeitos a investigações em face de denúncias caluniosas. Tenho a consciência tranquila de que nada pratiquei de ilegal ou imoral. Não participei de processo de credenciamento de empresas. Não é minha função. Acredito na isenção da investigação. Acredito que a verdade virá. A Justiça vai demonstrar que sou inocente", disse.