Aliados do traficante brasileiro Sérgio de Arruda Quintiliano, o “Minotauro”, um dos principais líderes do PCC, preso em fevereiro de 2018 pela Polícia Federal brasileira, estão entre os 75 detentos que fugiram do presídio de Pedro Juan Caballero, na madrugada deste domingo (19). Do total, 40 são brasileiros e 35 paraguaios. Conforme o Ministério da Justiça do país vizinho, os presos deixaram os dois pavilhões da penitenciária por um túnel de 25 metros de comprimento, mas não se descarta o envolvimento de responsáveis pela segurança do presídio na fuga em massa.
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Os presos apontados por ligações com ‘Minotauro’ são os brasileiros Julio César Gomes, de 29 anos; Ailton Botelhos dos Santos, 35; Felipe Diogo Fernandes Dias, 25; Rafael de Souza, 25, e Luciano de Souza Martins, 26, além do paraguaio Marcos Paulo Valdez Moreira, de 25 anos. ‘Minotauro’ estava à frente da guerra do PCC contra facções rivais pelo controle do tráfico de drogas e armas na fronteira. O traficante brasileiro foi preso em fevereiro do ano passado em um apartamento, em Balneário Camboriú, litoral de Santa Catarina. Ele cumpre pena em penitenciária federal, no Brasil.
Na lista de presos estão outros nomes de destaque do PCC, como os de Claudinei Predebon e Cícero Fernando de Lima Almeida, presos em 2018, em uma mansão de Pedro Juan Caballero quando, supostamente, preparavam o resgate de detentos do PCC. Com eles foram apreendidos 16 celulares, carros de luxo, pistolas Glock de fabricação austríaca e munição para fuzil. Três meses após a prisão, eles foram soltos por um juiz paraguaio – a soltura ainda é objeto de investigação. No ano passado, a dupla voltou a ser presa com armas. Os dois são suspeitos da prática de execuções ordenadas pelo PCC.
Outro fugitivo, Timóteo David Ferreira, apontado com um dos responsáveis por recrutar paraguaios para a facção, protagonizou polêmica entre a Justiça e a polícia do país, ao ser enviado por uma juíza para uma clínica médica, quando havia um plano para seu resgate. A transferência foi suspensa por ordem do Tribunal de Justiça. Timóteo havia sido preso com outros seis integrantes da facção em maio de 2017, em Pedro Juan, com três fuzis, grande quantidade de munição, drogas e quatro veículos usados em ações criminosas.
