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O ataque ao repórter não foi o primeiro na cobertura sobre a ordem de prisão expedida pelo juiz federal Sérgio Moro contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na última quinta-feira (5), durante protesto em frente à Central Única dos Trabalhadores (CUT), no centro de Brasília, uma equipe do jornal Correio Braziliense – uma repórter, uma fotógrafa e um motorista – tiveram o carro em que estavam depredado. Uma equipe do SBT e um repórter fotográfico da Agência Reuters também foram agredidos.
Ontem (6), em São Bernardo do Campo (SP), o jornalista Nilton Fukuda, repórter da Agência Estadão Conteúdo, e a jornalista Sônia Blota, da Band, foram agredidos ao registrarem manifestações em frente ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. Ambos foram atingidos por ovos jogados pelos manifestantes.
Reação
As agressões a jornalistas registradas durante a cobertura de protestos em São Paulo e Brasília geraram reações de entidades de imprensa. Ontem (6) em nota conjunta, a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), Associação Nacional de Editores de Revistas (Aner) e Associação Nacional dos Jornais (ANJ) ressaltam que não há justificativa para a violência nem para atentados à liberdade de imprensa.
Em outra nota, a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) repudiou os atos de agressão. “A Fenaj reitera que agressões a jornalistas são injustificáveis. Também reafirma sua defesa das liberdades de expressão e de imprensa e do jornalismo como atividade essencial à democracia e à constituição da cidadania. Não há verdadeira democracia sem jornalismo e não há jornalismo sem jornalistas.”
A Associação Brasileiro de Jornalismo Investigativo (Abraji) também se manifestou em defesa da liberdade de imprensa e contra qualquer tipo de violência.