"Tragédia no CT do Flamengo" Veja quem são as vítimas do incêndio no CT do Flamengo Ninho do Urubu

Seis vítimas fatais foram identificadas, já os outros nomes não estão sendo divulgados inicialmente em respeito às famílias. Ao todo, 10 pessoas morreram e outras três ficaram feridas, uma delas em estado grave.

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Christian Esmério era goleiro da base do Flamengo - Reprodução Facebook

Rio - O incêndio no Centro de Treinamento (CT) do Flamengo Ninho do Urubu, em Vargem Grande, deixou 10 mortos e três feridos, dois grave e um em estado gravíssimo. Oito vítimas fatais foram identificadas, já os outros nomes não estão sendo divulgados inicialmente em respeito às famílias. Seguem abaixo os confirmados:

Mortos (10)

- Arthus Vinicius, 14 anos, completaria 15 neste sábado; a família é de Volta Redonda e foi comunicada da morte. Eles vieram para o Rio de Janeiro; O jovem passava os dias da semana no CT, voltando para casa nos fins de semana. Em julho passado, Arthur comemorava sua primeira convocação para a seleção brasileira sub-15.

- Athila Paixão, 14 anos, natural de Lagarto, Sergipe. Assembleia Legistativa do estado que ele nasceu lamentou morte através de nota;

- Bernardo Pisetta, goleiro, de Santa Catarina. Um conhecido da  família chegou a procurar por notícias do jovem mais cedo. Pisetta fez a maior parte da sua formação no Atlético Paranaense e chegou ao Flamengo em julho do ano passado, realizando um sonho de infância;

- Christian Esmério, 15 anos goleiro da base. Vinha sendo frequentemente convocado para a seleção brasileira, conquistas que eram compartilhadas em suas redes sociais, como a última chamada para vestir a camisa do Brasil, no mês passado. Morava em Madureira, mas costumava dormir no CT para ficar perto da escola.

 

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Muito obg senhor, é sempre uma honra vestir a camisa da seleção brasileira, agradeço a todos os envolvidos que fizeram isso ser possível... Deus é fiel!! 🙇🏽‍♂️🙏🏽🙌🏽🇧🇷⚽️❤️

Uma publicação compartilhada por Christian Esmério (@christian_esmerio) em 8 de Jan, 2019 às 8:39 PST

- Jorge Eduardo Santos, 15 anos, de Além Paraíba, interior do estado do Rio.

- Pablo Henrique da Silva Matos, 14 anos, de Minas Gerais, morava no CT e também jogava na base. É primo do zagueiro Werley, que joga atualmente no Vasco da Gama.

- Samuel Thomas, 15 anos, lateral-direito; Era de Vilar dos Teles, São João de Meriti (RJ), na Baixada.

- Vitor Isaías, 15 anos, atacante, natural de Santa Catarina. Chegou ao Flamengo em agosto do ano passado. Ele se destacou no Figueirense e no Atlético Paranaense antes de chegar ao Rubro-Negro.

As outras duas vítimas não tiveram os nomes revelados, já que as famílias ainda não foram comunicadas

Feridos (3)

- Jonathan Cruz Ventura, 15 anos, é natural de Vila Velha, zagueiro: estado gravíssimo, teve de 30 a 35% do corpo queimado. Passa por uma cirurgia no Hospital Lourenço Jorge, e depois será transferido para o Hospital Pedro II, referência no tratamento de queimados.

- Cauã Emanuel Gomes Nunes, de 14 anos, é natural do Ceará e conhecido como Fortaleza: está estável, inspira cuidados. Será transferido para o Hospital Vitória, também na Barra. Entrou na base do Flamengo ano passado, segundo um parente. Ele relata que o jovem inalou muita fumaça.

- Francisco Diogo Bento Alves, de 15, goleiro da base: está estável, inspira cuidados.

Ninho do Urubu não está regularizado pelo Corpo de Bombeiros

Segundo o Corpo de Bombeiros, CT estava em processo de regularização, não possuindo ainda o Certificado de Aprovação (CA), que é o documento final emitido pela corporação. Alojamento do CT pegou fogo, deixando 10 mortos e três feridos.

O Corpo de Bombeiros informou, no fim da manhã desta sexta-feira, que o Centro de Treinamento (CT) do Flamengo Ninho do Urubu, em Vargem Grande, não estava regularizado. Um alojamento do CT pegou fogo na madrugada de hoje, deixando 10 mortos e três feridos.

A informação foi dada mais cedo pela coluna de Lauro Jardim, de O Globo. Segundo o Corpo de Bombeiros, o CT estava em processo de regularização junto à corporação, não possuindo ainda o Certificado de Aprovação (CA), que é o documento final emitido pela corporação.

"O CA é a documentação que atesta a existência e o funcionamento dos dispositivos contra incêndio previstos pela legislação vigente. Não se trata de alvará de funcionamento (estabelecimentos comerciais) ou habite-se (imóveis residenciais). Estes documentos são emitidos pela Prefeitura. Importante esclarecer que a não existência do CA não significa, por si só, que o local não possuía os dispositivos, e sim que não era aprovado pelo CBMERJ" explica o Corpo de Bombeiros.