Com mais viaturas, PM fará até 20 blitze por dia em BH

As operações do Batalhão de Trânsito (BPTran) da Polícia Militar em Belo Horizonte vão contar com 22 novas viaturas, o que deve aumentar em 50% a capacidade de patrulhamento na capital. Com o reforço, o número de blitze, que hoje é de aproximadamente 12 por dia, pode chegar a 20, segundo informações da corporação.
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Ao todo, pelo menos 50 carros devem atuar a partir de agora na fiscalização. O foco não é apenas flagrar condutores que estejam dirigindo sob efeito de álcool. Também estão na mira a apreensão de armas de fogo e drogas, o atendimento de ocorrências de trânsito e a prisão de foragidos.
Com a chegada das festas de fim de ano, a proposta é priorizar a segurança nas regiões comerciais da cidade, onde a aglomeração de pessoas tende a crescer nessa época. “Além do hipercentro, vamos atuar fortemente em locais como Venda Nova e Barreiro”, explica o tenente Marco Antônio Said, assessor de comunicação do BPTran.
O militar afirma que a frota do batalhão já tinha cerca de 10 anos de uso, o que demandava renovação dos veículos. “A expectativa é a de receber também novas motocicletas em 2019”, acrescenta.
Apesar do aumento de viaturas, o efetivo de policiais da unidade não terá incremento. Porém, as operações específicas da Lei Seca, de acordo com o tenente, continuarão a acontecer todos os dias na capital, especialmente nos fins de semana.
2,3 mil carteiras de motoristas foram recolhidas, de janeiro a outubro, na capital
Educativo
O caráter pedagógico das abordagens aos veículos é o que traz mais benefícios à população, avalia o consultor em transporte e trânsito Osias Baptista Neto. Para ele, além dos flagrantes cotidianos, as blitze ajudam a localizar condutores circulando com multas vencidas.
“Dessa forma os motoristas passam a ter consciência de que, se forem autuados por outras razões, como o excesso de velocidade, por exemplo, e não pagarem, podem ter o carro apreendido”, explica o especialista.
Já para o consultor de trânsito Silvestre de Andrade Filho, com o passar do tempo o número de 20 operações diárias pode se tornar obsoleto. Segundo ele, é muito mais difícil manter o controle durante todo o tempo de uma frota de aproximadamente 2 milhões de veículos. “Infelizmente precisamos dessa vigilância cada vez maior. São muitos interesses diferentes no trânsito, com pessoas que respeitam a lei e outras que a ignoram. Mas todo reforço traz mais organização e, portanto, menos acidentes”, analisa.

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