Policiais que executarem sumariamente criminosos portando fuzis serão investigados e poderão ser denunciados por homicídio, ainda que o governador eleito, Wilson Witzel (PSC), autorize o “abate”, alerta o procurador da República Eduardo Benones, coordenador do Controle Externo da Atividade Policial do Ministério Público Federal (MPF) no Rio. Segundo ele, a questão pode ser levada à Procuradoria Geral da República no ano que vem, uma vez que uma “licença para matar” emitida pelo Estado afrontaria a Constituição e a legislação penal.
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“O artigo 121 do Código Penal, que trata de homicídio, está em vigor. Se o Ministério Público não investigar, baseado no discurso de quem quer que seja, é prevaricação. Não haverá qualquer tipo de retrocesso ou leniência. Quando chegar o caso concreto, quem vai avaliar não é o governador, é quem estiver investigando. Não se pode aproveitar o medo da sociedade e construir e impor uma narrativa”, afirmou Benones em entrevista ao Estado.
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Wilson Witzel: segundo o governador eleito do Rio de Janeiro, a autorização para o "abate" não aumentará a letalidade violenta no Estado (Antonio Cruz/Agência Brasil)[/caption]
O procurador investiga homicídios decorrentes de intervenção policial e trabalha pelo aprimoramento da atividade policial e pela prevenção de mortes de policiais e praticadas por eles. Para ele, este tipo de orientação só se sustentaria se houvesse um instrumento jurídico que a amparasse, ou até uma mudança constitucional, uma vez que a Carta considera o direito à vida fundamental. O governador eleito quer posicionar snipers em operações para atuar contra os bandidos com fuzil. Os atiradores receberiam ordens superiores antes de apertar o gatilho.
“As pessoas perderam a capacidade de raciocinar. Os meios não justificam nem santificam os fins. Neste caso, o meio é questionável e os fins não estão claros. Não há como controlar as consequências para o policial, nem mesmo o sniper. É injusto com o policial. Não existe licença para matar, isso é só em filme de James Bond”, pontuou. “Ninguém está sugerindo que se deva esperar receber um tiro. Um policial, no ambiente operacional, se ver obrigado a intervir num flagrante é muito diferente de se posicionar atirador de elite”.
Ele ressaltou que a necessidade de se interceptar as armas antes que elas cheguem às mãos dos traficantes é que deveria nortear as ações do Estado. “O discurso do medo muitas vezes leva à interpretação de que se está sendo benevolente com o traficante. A defesa que faço não é do bandido, é do Estado brasileiro. O absurdo não é ele estar portando um fuzil, é o Estado não conseguir interceptar a entrada do fuzil no Rio, pelo mar, terra e ar.”
Defender bandido é muito mais fácil do que do que entender o raciocínio lógico:
1- Nenhum bandido que esteja portando um fuzil, vai aceitar receber voz de prisão, ele irá responder ao policial com várias rajadas.
2- A cultura brasileira se resume da seguinte forma, o policial precisa primeiro ser abatido pelo bandido para depois repeli a injusta agressão.
3- O criminosos pode sair matando várias pessoas inocentes mas não pode ser abatido.
4- O procurador, provavelmente não reconhece os riscos que um bandido armado oferece para toda a sociedade, ou fecha os olhos para esta realidade.
5- Todos aqueles sem nenhuma exceção, que defendem bandidos, deveriam mostrar a sua inteligência e essa capacidade tão extraordinária, saindo na linha de frente em uma operação policial mostrando para o Brasil como se faz uma abordagem a um bandido armado, gostaria de ver como que esses defensores de bandidos desarmaria um criminoso portando um fuzil sem ser abatido e sem sofrer nenhum tipo de violência.
6- Dá palpite no trabalho alheio é muito fácil, quero ver fazer melhor!
7- É muito fácil estar sentado atrás de uma mesa, embaixo de um ar condicionado, fazendo críticas a polícia, que está nas ruas para garantir a ordem pública e proteger a sociedade sem nenhum reconhecimento.
8- Não seria melhor tirar a polícia das ruas e deixar os supostos especialistas em segurança pública agirem?
9- Vamos fazer a experiência por 24 horas para ver o que acontece!
O crescimento da violência no Brasil, anda de mãos dadas com a incompetência da governabilidade:
Só para lembrar que a cada ano a criminalidade no Brasil só tem aumentado; e nunca apareceu ninguém com competência suficiente para solucionar o grave problema da violência no Brasil. Agora, incompetência é o que tem de sobra para cada vez mais favorecer o crescimento da criminalidade no país.
Ser assaltante ou traficante, não é por imposição, ninguém é obrigado a seguir o mundo do crime. Quem entra para esse mundo, tem que assumir os riscos.
O bandido sabe que cometendo crimes, tem muito mais dinheiro do que trabalhando e ainda tem gente que acredita em regeneração. Papai Noel também existe né!