Operação Resgate, da força tarefa do Gaeco, investiga policiais civis, agentes penitenciários e advogados por máfia de soltura de presos em MG

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) deflagrou na manhã desta sexta-feira (9), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), a Operação Resgate, com o objetivo de desarticular um esquema que facilita a saída de criminosos de alta periculosidade do sistema prisional. A ação contou ainda com o apoio da Corregedoria-Geral da Polícia Civil, da Polícia Militar e da Corregedoria da Secretaria de Administração Prisional.
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De acordo com o MPMG, a quadrilha era integrada por advogados, policiais civis e agente penitenciário. Eles fraudavam o Setarin, setor da Polícia Civil responsável manter o acervo de mandados de prisão cadastrados no Sistema de Informações Policiais (SIP) e, assim tinham acesso ao sistema, liberando os suspeitos investigados que ainda tinham que cumprir prisão. A soltura era feita mediante pagamentos.
Foram cumpridos nove mandados de busca e apreensão e cinco mandados de prisão temporária expedidos pelo Juízo da Vara de Inquéritos Policiais da Comarca de Belo Horizonte. Foram apreendidos documentos, celulares, dinheiro em espécie e joias, que ficarão à disposição da investigação. Quatro dos cinco investigados foram presos. Um está foragido.
O caso mais recente e emblemático do esquema foi a soltura do traficante Totó, apontado como o líder do tráfico do Bairro Santa Cruz, na Região Nordeste da capital mineira. Ele ficou conhecido por sair da cadeia após pagar R$ 600 mil. Totó foi preso por assassinar duas pessoas com fuzil.

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