William Bonner e Renata Vasconcellos ocupam quase a metade do tempo de Ciro Gomes em entrevista

A entrevista do candidato à Presidência pelo PDT, Ciro Gomes, ao Jornal Nacional, repercute nas redes sociais. Muitos internautas questionam a maneira que William Bonner e Renata Vasconcellos conduziram a entrevista, com interrupções e questionamentos repetidos, não deixando, em alguns, o candidato concluir a resposta. Outros consideram que o candidato se enrolou em vários momentos. Ao todo, Bonner e Vasconcellos tomaram quase a metade dos 27 minutos que Ciro ficou no ar, ou seja, 40% do tempo. O tempo da entrevista acordado no JN teria sido de 13:47 minutos para Ciro e 13:41 para os dois apresentadores. A matéria continua após a publicidade Em alguns momentos, Ciro teve que pedir que os apresentadores o deixassem responder. Isso ocorreu, por exemplo, quando ele explicava a proposta que pretende ajudar a limpar o nome dos brasileiros do SPC. Ciro Gomes afirmou que jamais se apresentou como alguém capaz de unir a esquerda do País. "Eu nunca me apresentei como alguém que vai unir a esquerda. Eu sou o candidato do nacional desenvolvimento", afirmou o pedetista. Interpelado pelos apresentadores novamente sobre o tema ressaltou: "Não por mim". O candidato procurou manter distância do PT. Ciro reconheceu que nunca imaginou que o PT desistiria de ter candidatura própria e que uma eventual aliança com o partido somente se dará no segundo turno. Especificamente sobre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Ciro afirmou crer que ele "não é santo nem satanás". No final da entrevista, sem citar nominalmente nenhum partido, o candidato sugeriu que está "virando religião" o apoio a alguns candidatos. A ex-presidente Dilma Rousseff também não foi poupada de críticas. "Da Dilma pra cá, isso tudo foi perdido", afirmou, em relação à economia. Kátia Abreu Ciro Gomes falou sobre a escolha da candidata a vice na chapa, a senadora Kátia Abreu (PDT-TO). "Ela veio porque é diferente, porque é mulher, porque dialogo com setores produtivos", afirmou o candidato, ressaltando que a senadora votou contra o impeachment e contra a reforma trabalhista. Na semana passada, porém, Ciro e Kátia divergiram em relação à questão trabalhista. Em evento na segunda-feira passada, na capital paulista, Kátia Abreu disse que era um "mito" que Ciro seja contrário à reforma trabalhista. "Ninguém vai fazer uma revolução sobre isso", afirmou ela. No dia seguinte, Ciro afirmou que o que a vice dele quis dizer é que a reforma seria revogada. "Isso (de ser favorável à reforma trabalhista) foram vocês (jornalistas) que disseram." Na entrevista à Globo, Ciro voltou ao tema. "Nós somos favoráveis a uma reforma trabalhista. Mas uma que respeita o trabalhador, que não siga com esta selvageria que está aí. Nós estamos de pleno acordo. Nós nos completamos", ressaltou.

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