O candidato à Presidência da República pelo PSL, Jair Bolsonaro, pediu ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) direito de resposta e exclusão da internet de reportagens a respeito de uma assessora de seu gabinete. No dia 13 de agosto, repórteres da
Folha de S. Paulo encontraram a funcionária vendendo açaí em
horário de expediente e denunciaram o fato.
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Walderice Santos da Conceição foi demitida do cargo que ocupava na Câmara dos Deputados. A mulher vendia açaí na Vila de Mambucaba, na região de Angra dos Reis, onde Bolsonaro tem uma casa de veraneio.
De acordo com a Folha, o pedido feito pelos advogados do candidato é de quarta-feira (22/8). Nesta sexta (24), o TSE notificou o jornal para apresentar defesa no prazo de um dia.
Entenda
Repórteres do jornal paulistano visitaram o local onde supostamente a servidora exercia outra função, no horário em que Walderice Santos da Conceição deveria estar na Câmara, e compraram açaí e cupuaçu com a mulher. Wal, que figura desde 2003 como funcionária do gabinete de Bolsonaro e recebe salário bruto de R$ 1.351,46, disse trabalhar todas as tardes na loja de açaí, em Mambucaba.
A equipe da Folha só se identificou depois da compra. Questionada se o presidenciável deveria pagá-la com dinheiro próprio, já que ela não exerce atividade no gabinete do parlamentar em Brasília, Wal disse apenas: “Aí é uma coisa que cabe a ele responder”.