Mais de R$ 100 mil foram apreendidos na manhã desta terça-feira (7) em uma lan house que servia de fachada para lavagem de dinheiro do tráfico de drogas no Aglomerado da Serra, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte.
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Dois integrantes da quadrilha, que é responsável por uma média de 16 homicídios por ano, foram presos durante operação da Polícia Civil. Um adolescente de 15 anos, que vendia maconha, também foi apreendido.
Um dos presos é o dono lan houve localizada na Vila Marçola, que faz parte do aglomerado. Policiais também prenderam um outro homem apontado como gerente do tráfico da mesma quadrilha. Vários celulares, uma moto e eletrodomésticos de alto valor também foram apreendidos.
O chefe do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa, delegado Rodrigo Bossi, conta que já tinham informações, inclusive de outras unidades da Polícia Civil, de que a lan house funcionava para lavagem do dinheiro do tráfico. “Essa organização criminosa age no aglomerado da Serra e tem vínculos com outros aglomerados. Então, a gente já sabia que poderia encontrar dinheiro lá”, disse o delegado.
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“O objetivo da operação foi tentar enfraquecer essa organização que comanda o tráfico de drogas na região, que é responsável por uma média de 16 homicídios por ano”, afirmou Bossi. As mortes, segundo o delegado, ocorrem em várias vilas, como a Marçola e a Igrejinha, comandadas pela facção gerenciada pelo suspeito de tráfico.
A Justiça expediu oito mandados de busca e de apreensão e 14 de prisão. Ao todo, a operação contou com cerca de 50 policiais de várias unidades, com apoio do canil e de um helicóptero.
Luxo
A residência do homem apontado como traficante foge completamente dos padrões de quem vive no aglomerado, observou o delegado Bossi. “É um barraco, mas por dentro é de alto luxo. A gente apreendeu a motocicleta dele e muita coisa valiosa que a gente encontrou na residência. A gente sabe que é tudo produto do tráfico de drogas”, disse o delegado.
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“A gente percebe que ele é o gerente do tráfico justamente pelas condições econômicas dele. Na verdade, é um casal. Ele se diz taxista e ela, manicure. Sem nenhum juízo de valor quanto as duas profissões, que são respeitadíssimas, mas não são profissões que têm uma remuneração para esse padrão de vida deles”, disse o delegado.
Ainda de acordo com Bossi, há informações de que o táxi dele é usado, na verdade, na distribuição de drogas. O veículo não foi localizado. Ainda de acordo com o delegado, a Polícia Civil tinha informação de que chegaria um carregamento de drogas no aglomerado, na manhã de desta terça-feira (7), mas não aconteceu. Por isso, a operação começou mais tarde. “Em virtude disso, muitos dos alvos, que estavam sendo procurados, já não estavam mais em casa. Independente disso, os mandados já foram expedidos e vamos continuar as investigações para localizar essas pessoas”, informou Rodrigo Bossi.
Perigosos
Segundo o delegado, os integrantes da quadrilha são altamente perigosos. Além de comandar o tráfico, eles matam e dão ordem para matar. “O gerente do tráfico é investigado por homicídio também. Já o dono da lan house é investigado por lavagem de dinheiro”, reforça Bossi.
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