Deputado profetiza cura de colega tetraplégica em sessão da Câmara dos Deputados

Em meio à sessão do plenário, o deputado federal e pré-candidato à presidência pelo Patriotas, Cabo Daciolo (RJ), subiu à tribuna da Câmara dos Deputados para realizar um ato um tanto quanto incomum. Ao invés de debater pautas inerentes à Casa ou fiscalizar o Executivo, o parlamentar preferiu, com a bílbia nas mãos, profetizar a cura em minutos da dpeutada Mara Gabrilli (PSDB-SP). Segundo ele, ela deixaria a cadeira de rodas e começaria a andar entre os deputados. A matéria continua após a publicidade "Eu quero aqui, diante de todos, profetizar a cura da deputada Mara. Eu creio que aquela mulher vai levantar da cadeira (de rodas) e vai começar a andar. Eu creio. Agora, eu peço ao Deus das causas impossíveis, em nome de Jesus, que estenda a sua mão e coloque em sua serva. Diz a palavra de Deus: colocarão as mãos sobre os enfermos e eles ficarão curados", profetizou o deputado. "Estou diante de muitos descrentes. No momento, descrentes. Eu saio daqui e vou me direcionar a ela. Vou a um lugar em particular. Eu creio que em alguns minutos ela voltará a andar", completou Daciolo.   Gabrilli foi vítima de um acidente de carro em 1994, que a deixou tetraplégica. Desde então, a parlamentar paulista defende o direito  das pessoas com deficiência. Sua atuação fez com que ela fosse a primeira representante do Brasil no comitê da Organização das Nações Unidas (ONU) para Pessoas com Deficiência. 'Lisonjeada'  Em contato com a reportagem, a deputa Mara Gabrilli disse se sentir lisonjeada com a atitude do colega parlamentar: “Ele é uma boa pessoa. Me sinto lisonjeada pelas palavras que ele disse. Foi algo espontâneo e as palavras foram tocantes. A gente está tão acostumada a um ambiente com palavras falsas que é bom ouvir alguém dar um testemunho em falar algo que vem do coração”, revelou Mara. Ainda segundo a parlamentar, o gesto do deputado veio após um encontro dos dois na Câmara em que ela o parabenizou por contratar um funcionário autista. “Eu não tinha relação alguma com ele. Um dia, um funcionário dele, o Nicolas, que é autista, veio me agradecer por um projeto que propus. Fiquei tocada e fui comentar com ele como era belo contratar alguém autista e ele disse que há dois anos queria falar comigo. Por isso, deu seu testemunho na Câmara. Fiquei tocada”, finalizou.

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