A noite dessa quarta-feira foi dedicada a Caó e Marielle, um tributo, realizado no ABI

Por Rozangela Silva

“O intuito do nosso evento foi ressaltar o legado e enaltecer a memória desses grandes ativistas, intelectuais e da gente comum negra brasileira”, atestou o interlocutor da CCIR - Ivanir dos Santos.

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O evento foi de grande emoção, diversos segmentos culturais marcaram presença. Abriu com performance de dança e poesia com Padê, onde trouxe um corpo de 27 dançarinos. “Foi uma homenagem as raízes fortes, negras, que nos trazem tantas representatividades”, atestou Padê.

Dois banners - um com uma foto da vereadora e com a frase “Marielle Vive” e outro com foto de Caó com os dizeres “Dignidade Já”, foram colocados no fundo do palco. Onde Glauce Pimenta Rosa cantou acompanhada de Jéssica Castro, na percussão. O músico Carlos Negreiros, mandou ver a música “Ancestralidade”, a cantora Áurea Martins, arrasou cantando a capela. Houve ainda exibição do curta “Igualdade Já”, de Wanda Ribeiro e Filó. Seguido de “Quase Tudo Pandeiro” – com Pedro Lima e Negreiros, que fizeram uma segunda apresentação com voz e percussão. Miramar Mangabeira apresentou “Ele é o nome da lei”, em formato de poesia musicada. Destaque para a historiadora e pesquisadora Carolina Rocha, que declamou uma poesia.

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Os atores Déo Garcez e Nívia Helen, fizeram um trecho da peça teatral “Luiz Gama - Uma Voz pela Liberdade”. Onde contam a história de Luiz Gama, advogado negro que viveu entre 1830 e 1882.

Esses e tantos outros fizeram questão de marcar presença, com linguagem diferentes, deram seu recado. Onde também compareceram representantes da OAB, ABI, Cojira Rio, CEAP, Marcelo Rosa (Subsecretário de Direitos Humanos e Igualdade Racial de São João de Meriti), além de religiosos como os pastores Marcos Amaral (Igreja Presbiteriana) e Neil Barreto (Igreja Batista Betânia), budistas, muçulmanos, hare krishna, indígenas, umbamdista, candomblesistas, Fátima Damas (CEUB), Paulo Maltz (FIERJ), Ruth Pinheiro (Cadon), Admeire Exaltação (Casa das Pretas), Jurema Batista, Minc, Conceição d`Lissá, Helena Theodoro, Diácono Nelson (Arquidiocese), Dida Nascimento, entre outros. Sem sombra de dúvida, o ato foi grande relevância para todos.

“Um glande símbolo de luta e de combate ao racismo”, contextualizou Elisa Larkin Nascimento, sobre Caó.

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“Caó viverá para contribuir com a luta do povo preto, para que não seja banalizada”, acrescentou a Pastora Luterana Lusmarina.

“Nós fomos frutos de Marielle e vamos ficar”, Pastor Kleber Lucas – Igreja Batista Soul.

Em diversos momentos, ecoavam coros e a palavra de ordem foi: “Caó, presente!”, “Marielle, presente!”, “Abdias Nascimento, presente!”...

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Ainda no evento, noite de autógrafo do livro - 21 Dias de Ativismo Contra o Racismo – Experiência 2017. O livro é um resumo de experiências de ativistas de várias formas e lutas antirracistas em um período de 21 dias mobilizado, pelo 21 de março.

"Foi integralmente organizada por ativistas, alunos, professores, profissionais de diversos setores que utilizam o seu trabalho, os seus estudos para apresentar olhares sobre a luta antirracistas”, afirmou Luciene Lacerda.

E um cortejo se do palco para o hall, com integrantes Filhos de Ganhdi, fechado com chave de ouro o ato.

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