Crise no Rio: Comissão de Direitos Humanos Pede Prisão Preventiva de Cláudio Castro (PL) à PGR Após Operação com 132 Mortes Durante Confronto

Brasília, DF / Rio de Janeiro, RJ - A Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara dos Deputados protocolou, nesta quarta-feira (29), um pedido formal à Procuradoria-Geral da República (PGR) para que seja avaliada a possibilidade de prisão preventiva do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL). O pedido surge em resposta à megaoperação policial que resultou no maior número de mortes em confrontos da história do estado, ocorrida na segunda-feira (27) no Complexo da Penha.

Segundo dados do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) atualizados até esta quarta-feira, a ação resultou em um total de 132 óbitos. Entre as vítimas, estão quatro agentes de segurança — sendo dois policiais militares e dois civis — e 128 pessoas classificadas pela polícia como "opositores" ou "narcoterroristas".


 

Documento Assinado por Nove Parlamentares

 

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O documento solicitando a análise da prisão preventiva foi assinado por nove parlamentares, majoritariamente das bancadas do PT e PSOL, demonstrando uma forte articulação da oposição no Congresso Nacional contra a política de segurança do governo fluminense.

Os signatários são:

O pedido à PGR baseia-se na alegação de que as ações do governo estadual têm levado a uma escalada de violência e violado direitos humanos fundamentais.

 

Reimont: "Crime do Governador"

 

O presidente da Comissão, deputado Reimont (PT-RJ), justificou a drástica medida em declaração ao Portal Metrópoles, ligando o governador diretamente à sequência de eventos violentos:

“Consideramos que o que aconteceu lá no Rio foi um crime do governador, e não foi o primeiro. Estamos falando de sete chacinas em seis anos de governo de Cláudio Castro”, declarou o parlamentar, que é do Rio de Janeiro.

A fala de Reimont sugere que a operação não é um caso isolado, mas sim parte de um padrão de letalidade que ele atribui à gestão de Cláudio Castro. A articulação visa pressionar a esfera federal para intervir, usando a prerrogativa constitucional da PGR para analisar a conduta do chefe do Executivo estadual.


 

Comitiva da CDHM e Ministério dos Direitos Humanos na Penha

 

Em um movimento paralelo de fiscalização, a Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados agendou uma visita oficial ao local da operação para esta quinta-feira (30). O objetivo é coletar informações in loco e ouvir moradores e familiares das vítimas.

A comitiva parlamentar terá o acompanhamento de uma figura de alto escalão do governo federal: a Ministra dos Direitos Humanos, Macaé Evaristo, confirmou presença na visita ao Complexo da Penha, na Zona Norte do Rio de Janeiro. A presença da Ministra confere maior peso institucional à fiscalização e sinaliza a preocupação do governo federal com a crise humanitária e de segurança pública no estado.

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