Megaoperação Desvenda Plano do PCC para Assassinar Promotor Lincoln Gakiya e Diretor Prisional no Oeste Paulista

Uma operação conjunta de inteligência e repressão desencadeada pela Polícia Civil de São Paulo, em parceria com a Polícia Militar, a Polícia Penal e o Ministério Público (MP), resultou na descoberta e desmantelamento de um plano macabro orquestrado pela facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). O alvo do atentado era o renomado Promotor de Justiça Lincoln Gakiya, integrante do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), e o Diretor das unidades prisionais do Oeste Paulista, Roberto Medina.

A descoberta, que lança luz sobre a audácia e o poder de articulação da facção, motivou o cumprimento de 25 mandados de busca e apreensão em diversas cidades da região, incluindo Presidente Prudente, Álvares Machado, Martinópolis, Pirapozinho, Presidente Venceslau, Presidente Bernardes e Santo Anastácio.

 

Celular de Integrante Revela Esquema Criminiso

 

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O esquema veio à tona após a apreensão de um aparelho celular em posse de Vitor Hugo da Silva, conhecido como "VH", um membro ativo do PCC. A análise do dispositivo pelos investigadores revelou um vasto material que comprovava o estágio avançado do planejamento dos assassinatos.

Entre os conteúdos apreendidos, destacam-se:

  • Levantamento Detalhado da Rotina: Fotos, vídeos e um minucioso levantamento da rotina tanto do Promotor Lincoln Gakiya quanto do Diretor Roberto Medina.

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  • Monitoramento Físico: O material incluía trajetos diários, horários de deslocamento, locais frequentados e detalhes logísticos que evidenciam um trabalho de inteligência meticuloso realizado pelos criminosos.

O nível de organização e a riqueza de detalhes encontrados chocaram os investigadores, confirmando a seriedade e a iminência da ameaça.

 

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Prisões e Articulação do Plano Fracionado

 

A partir das informações extraídas do celular de "VH", as autoridades conseguiram identificar e prender outros membros envolvidos.

Um dos principais suspeitos detidos é Wellison Rodrigo Bispo de Almeida, o "Corintinha", também apontado como integrante do PCC. As investigações revelaram que Wellison havia se mudado de Martinópolis para uma chácara em Presidente Bernardes — uma manobra estratégica para monitorar de perto os passos do diretor prisional Roberto Medina, que atua em uma das regiões de maior concentração de presídios do estado.

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Um terceiro indivíduo, Sérgio Garcia da Silva, conhecido como "Messi", também foi identificado como parte do grupo. Ele já estava detido desde o dia 26 de setembro, por crime de tráfico de drogas, e o conteúdo de seus aparelhos reforçou a existência da conspiração.

De acordo com o Ministério Público, a sofisticação do plano do PCC estava no seu formato fracionado: cada integrante possuía uma função específica e limitada, e apenas as lideranças do grupo conheciam a totalidade dos detalhes sobre a execução do atentado.

 

Relação com Outros Crimes e Histórico de Ameaças

 

As autoridades agora trabalham para identificar outros possíveis envolvidos e investigar se o plano tem alguma ligação com o assassinato do ex-delegado Rui Ferraz Fontes, ocorrido em 2024.

O Promotor Lincoln Gakiya é uma figura central no combate ao PCC há mais de duas décadas e não é a primeira vez que se torna alvo de planos de morte da facção. Em anos anteriores, o grupo criminoso também elaborou atentados contra outras autoridades de alto escalão, incluindo o atual senador Sérgio Moro, na época em que exercia o cargo de Ministro da Justiça e Segurança Pública.

A operação integrada desta semana demonstra a capacidade de resposta do Estado contra o crime organizado, garantindo a proteção das autoridades que atuam na linha de frente e reforçando a luta contra a influência do PCC dentro e fora do sistema prisional.

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