Após a decretação de sua prisão pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a Polícia Federal (PF) formalizou um pedido à Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol) para incluir o nome da deputada federal Carla Zambelli no rol de procurados internacionais. A medida visa localizar a parlamentar, que anunciou ter deixado o Brasil, e garantir o cumprimento da ordem judicial.
Detalhes da Decisão e Medidas Adicionais
Além da emissão do alerta vermelho da Interpol, que sinaliza a necessidade de localização e prisão para fins de extradição, o ministro Alexandre de Moraes determinou o bloqueio dos passaportes de Carla Zambelli. A Polícia Federal foi instruída a tomar todas as providências cabíveis para que o nome da deputada seja inserido na lista de procurados da Interpol e para informar o paradeiro atual de Zambelli, possibilitando que o governo brasileiro solicite formalmente sua extradição às autoridades do país onde ela se encontra.
Pedido da PGR e Justificativa da Prisão
A decisão de Moraes atende a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), protocolado na terça-feira (3). O ministro do STF justificou a decretação da prisão, argumentando que ela se mostra "plenamente justificada", uma vez que Zambelli deixou o território nacional poucas semanas após a Primeira Turma do STF condená-la a uma pena de dez anos de prisão em regime fechado.
Entenda a Condenação de Carla Zambelli
Carla Zambelli foi condenada pela Primeira Turma do STF por invadir o sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A ação criminosa, segundo a denúncia, foi realizada com o auxílio do hacker Walter Delgatti Neto, também condenado no mesmo processo a 8 anos e 3 meses de prisão. A invasão tinha como objetivo, segundo a investigação, obter documentos e informações sigilosas do sistema do CNJ.
Posicionamento da Deputada Carla Zambelli
Em nota oficial, a deputada Carla Zambelli manifestou-se sobre a decisão de Moraes, classificando a decretação de sua prisão como "ilegal, inconstitucional e autoritária". Zambelli argumenta que a medida não poderia ter sido tomada de forma monocrática, ou seja, por decisão de um único ministro, alegando que tal procedimento fere princípios constitucionais e legais.
A defesa da deputada ainda não se manifestou sobre as próximas medidas que serão tomadas. O caso segue em aberto e a Polícia Federal continua as investigações para localizar Carla Zambelli e cumprir a ordem de prisão expedida pelo STF.