A Petrobras anunciou nesta sexta-feira (31) um aumento no preço do diesel vendido às distribuidoras, que entrará em vigor a partir deste sábado, 1º de fevereiro de 2025. O valor do litro passará de R$ 3,48 para R$ 3,72, representando um reajuste de R$ 0,22, o que equivale a um aumento de mais de 6%. Este é o primeiro aumento no preço do combustível desde outubro de 2023, encerrando um período de 401 dias sem reajustes.
Com este novo aumento, a parcela da Petrobras na composição do preço do diesel ao consumidor final será de R$ 3,20 por litro. Este reajuste impactará o preço do diesel B, vendido nos postos de combustíveis e composto por 14% de biodiesel, em aproximadamente R$ 0,19 por litro. Além disso, o retorno da cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) pelos estados, previsto para este mês, adicionará cerca de R$ 0,06 ao preço final para o consumidor.
Reajuste Já Era Esperado pelo Mercado
O reajuste já era antecipado pelo mercado financeiro e foi previamente comunicado pela presidente da Petrobras, Magda Chambriard, ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e aos ministros de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e da Casa Civil, Rui Costa. A estatal justifica o aumento com base na sua política de preços, que busca acompanhar as flutuações do mercado internacional de petróleo e câmbio.
Queda Acumulada Desde Dezembro de 2022
Desde dezembro de 2022, a Petrobras havia acumulado uma redução de R$ 0,77 por litro no preço do diesel, o que representa uma queda de 17,1%. Considerando a inflação do período, essa redução chegava a R$ 1,20 por litro, equivalente a 24,5%. Apesar da queda acumulada, a estatal argumenta que o reajuste atual é necessário para garantir a saúde financeira da empresa e a manutenção dos investimentos no setor.
Impacto Variável para o Consumidor
O impacto final deste aumento para os consumidores nos postos de combustíveis dependerá de uma série de fatores, incluindo as alíquotas de ICMS definidas por cada estado, as margens de distribuição e revenda praticadas pelos postos, e a concorrência no mercado, que inclui refinarias privadas e a importação de diesel.
Fonte: Petrobras