Pai é indiciado por estuprar filha dentro de casa durante cinco anos seguidos em Minas Gerais

Nesta quinta-feira (12), a Polícia Civil de Minas Gerais anunciou a conclusão do inquérito referente a um grave caso de estupro de vulnerável, ocorrido na cidade de Icaraí de Minas, situada na região Norte do estado. Um homem de 36 anos foi indiciado pelo crime após ser acusado de abusar sexualmente de sua filha, que na época dos fatos tinha entre 13 e 18 anos. A denúncia veio à tona no início de agosto deste ano, quando a vítima decidiu relatar os abusos sofridos durante anos.

Conforme as declarações da jovem, os abusos ocorreram de forma sistemática, ao longo de cinco anos, em diferentes ambientes da casa onde moravam, especificamente em seu próprio quarto ou no quarto dos pais, sempre durante a ausência da mãe, que saía para trabalhar. Segundo a delegada Natália Caliman, o relato da vítima revela a gravidade da situação, a qual foi marcada por diversas tentativas de coação e intimidação por parte do pai.

A última tentativa de abuso ocorreu no dia 9 de agosto de 2024, quando o acusado entrou no quarto da filha com a intenção de forçar uma relação sexual. A jovem, ao resistir e se recusar, enfrentou ameaças diretas do pai, que afirmou que ela iria se arrepender por não ceder a seus desejos. Essa dinâmica de manipulação e controle gerou um clima de medo, que silenciou a vítima por muitos anos.

Profundamente afetada pela situação, a jovem se sentiu pressionada a encontrar uma maneira de provar as acusações contra o pai. Foi assim que ela conseguiu gravar um áudio onde o homem confessava os abusos cometidos e afirmava que, caso fosse necessário, negaria os fatos e contrataria um advogado para se defender. Essa gravação se tornou um elemento crucial nas investigações, proporcionando às autoridades a evidência necessária para prosseguir com o processo.

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Em depoimento à polícia, a mãe da vítima revelou que não tinha conhecimento dos abusos, mas que sempre acreditou na palavra da filha. Após a denúncia, ambas decidiram se mudar de casa em busca de segurança e proteção. A mulher também comentou sobre o histórico de comportamento abusivo do companheiro, que era conhecido por sua rigidez e por haver exercido violência não apenas contra ela, mas também contra seus filhos. Apesar de reconhecer a gravidade da situação, ela admitiu nunca ter formalmente denunciado o marido antes.

Durante o inquérito, o acusado optou por exercer seu direito ao silêncio, não prestando declarações à polícia. As investigações foram minuciosamente coordenadas pela equipe da Delegacia de Polícia Civil em São Francisco, que trabalhou para coletar provas e garantir a justiça para a vítima. O caso destaca a importância de ouvir e acolher denúncias de abuso, especialmente em relação a vulneráveis, e serve como um alerta sobre a necessidade de proteção e apoio às vítimas de violência doméstica e familiar.

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