O relato angustiante de uma paciente desacompanhada sendo transportada na parte traseira de uma ambulância com as portas abertas, da cidade de Conselvan até Aripuanã, a 976 km de Cuiabá (MT), causou indignação e preocupação na comunidade local.
O fato ocorreu no último sábado (27/04), quando Elenil Campos Benevides, a paciente em questão, enfrentava uma batalha contra a pneumonia. Desesperada com a situação, ela não apenas suportava o desconforto da doença, mas também as condições precárias em que estava sendo transportada.
Dentro da ambulância, Elenil estava ligada a um respirador, lutando para respirar em meio à poeira e à trepidação da estrada não pavimentada. Com as portas abertas, a paciente era submetida a um risco ainda maior, enquanto tentava se segurar no equipamento da ambulância para evitar uma queda em movimento.
A negligência e a falta de segurança foram condenadas pela Prefeitura de Aripuanã, que emitiu uma nota afirmando que os responsáveis pelo serviço foram afastados de suas funções. A falha crítica foi atribuída a permitir que a técnica de enfermagem viajasse no banco da frente da ambulância, bem como a não verificação adequada para garantir que as portas estivessem travadas durante o transporte.
Após o traumático trajeto, Elenil foi finalmente internada ao chegar ao hospital, onde seu estado de saúde foi estabilizado. No entanto, o episódio levanta questões sérias sobre os padrões de cuidados médicos e a segurança dos pacientes em emergências, exigindo uma revisão completa dos procedimentos e protocolos de transporte médico.