Moção de protesto aprovada na Câmara Municipal de Limeira (SP), repudia declaração de Lula sobre Israel

Proposta é de iniciativa do vereador Nilton Santos

A declaração do presidente da República, Luís Inácio Lula da Silva, sobre a ação de Israel em conflito na faixa da Gaza foi pauta de moção de repúdio discutida e aprovada na Câmara Municipal de Limeira (SP), na sessão ordinária desta segunda-feira (19). A proposição foi apresentada pelo vereador Nilton Santos (Republicanos).

Conforme texto da Moção Nº 26/2024, comparou a reação de Israel aos ataques do Hamas ao Holocausto, durante entrevista a jornalistas no hotel em que estava hospedado em Adis Abeba, capital da Etiópia. “Sabe, o que está acontecendo na Faixa de Gaza com o povo palestino, não existe em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu quando Hitler resolveu matar os judeus”, disse o presidente.

O vereador Nilton Santos repercutiu, na justificativa, trecho da fala do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que reagiu ao pronunciamento de Lula: “Comparar Israel ao Holocausto nazista e a Hitler é cruzar uma linha vermelha. Israel luta pela sua defesa e pela garantia do seu futuro até à vitória completa e fá-lo ao mesmo tempo que defende o direito internacional”, registrou.

A resposta do ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, às declarações sobre operações israelenses na Faixa de Gaza e o corte de ajuda humanitária a habitantes da região também consta na moção. Nas redes sociais, Katz declarou Lula persona non grata.

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O vereador proponente, Nilton Santos, defendeu que declarações como as do presidente Lula não contribuem para a resolução do conflito, mas servem para inflamar ainda mais as tensões. “O papel dos líderes mundiais deveria ser o de condenar a atuação de grupos terroristas, defender a soberania, o direito de defesa de nações ofendidas, e não o de perpetuar narrativas que distorcem a realidade e impedem a construção de pontes para a paz”, argumentou.

O parlamentar solicitou que as cópias da moção de repúdio sejam enviadas para ciência da Embaixada de Israel no Brasil.  

A discussão sobre o texto da moção está disponível na íntegra por meio deste link. 

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