Relatório dos EUA corrobora análise de Israel e aponta que Jihad Islâmica causou explosão no hospital em Gaza

Autoridades norte-americanas disseram que dados se tratam de investigações preliminares, e garantem que vão continuar coletando informações

Confirmando as informações passadas pela Força de Defesa de Israel (IDF, sigla em inglês), os Estados Unidos informaram que análises iniciais feitas pelas fontes de inteligência mostram que o ataque que atingiu um hospital na Faixa de Gaza não foi feito pelos israelenses, e sim pela Jihad Islâmica, que atua no enclave palestino, região comandada pelo Hamas. “Embora continuemos a coletar informações, nossa avaliação atual, baseada na análise de imagens aéreas, interceptações e informações de inteligência, é que Israel não é responsável pela explosão de ontem no hospital em Gaza”, afirmou Adrienne Watson, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional. O bombardeio ao hospital deixou 471 mortos e centenas de feridos. Segundo a inteligência de Washington, os dados de satélites mostram o lançamento de um foguete ou míssil partindo de Gaza, e não das posições dos militares israelenses.

Apesar dessas primeiras parciais, algumas autoridades alertaram que as conclusões são preliminares e que seguem sendo analisadas. Contudo, apesar disso, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que viajou para Israel para se encontrar com o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, se disse convencido de que seu aliado não é o responsável por este massacre. “Com base no que vi, parece que a explosão foi feita pelo outro time e não por você”, disse Biden à Netanyahu, e em seguida fez a mesma declaração durante uma entrevista à imprensa. Na terça-feira (17), após o ataque, a Força de Defesa israelense fez uma primeira análise e chegou a conclusão de que a Jihad Islâmica era a responsável pelo bombardeio. O grupo, entretanto, nega que tenha envolvimento com o ocorrido, e manteve a culpa sobre Israel.

Nesta quarta, o Exército israelense divulgou uma suposta escuta (interceptação de ligação telefônica) em que milicianos do Hamas conversam entre si e teriam confessado que um de seus próprios foguetes teria causado o bombardeio do hospital em Gaza. Na gravação, um suposto membro do Hamas afirma que os projéteis “parecem com os nossos” e lamenta a que o foguete caiu contra os civis. No entanto, ainda não há nenhuma confirmação de que o áudio divulgado seria de fato de membros do Hamas e nenhuma prova definitiva de que o grupo realmente efetuou o ataque. O conflito entre Israel e o grupo terrorista já deixou 4.878 mortos, sendo 3.478 em Gaza e 1.400 em Israel, além de mais de um milhão de refugiados internos e cerca de 200 sequestrados pelo Hamas desde o dia 7 de outubro, quando o grupo deu início a guerra.

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