Vale da Eletrônica em Minas Gerais: Um exemplo para o Brasil

A necessidade de expansão e diversificação da economia é um dos pontos-chave para a competitividade e atração de investimentos, ciente desses desafios os mineiros inovaram e buscaram outros meios para continuar fazendo de Minas Gerais um estado com importante participação no cenário econômico nacional e internacional.

O estado é conhecido por sua pujante indústria automobilística, somos responsáveis por 13% da produção nacional, segundo dados do Anuário da Indústria Automobilística Brasileira em 2018, já no setor agrário o estado é o maior produtor de café respondendo por 52,7% de toda produção nacional.

Indo além de suas vocações históricas, a exemplo do café, o estado hoje possui, dentre outros relevantes setores da economia, o polo da eletrônica, localizado no sul do estado, no município de Santa Rita do Sapucaí.

O polo é um exemplo de uma completa sinergia entre empresas privadas, setor público e educação tecnológica, o município que hoje tem em média 42 mil habitantes adotou as primeiras medidas para se inserir no mercado de tecnologia ainda no século passado. No ano de 1959 foi criada a Escola Técnica Eletrônica (ETE) primeiro de nível médio na América Latina, foi posteriormente criada o Instituto Nacional de Telecomunicações em 1965, um dos primeiros centros de ensino do país a oferecer curso superior na área de telecomunicação e por fim foi criada a FAI (Centro de Ensino Superior em Gestão, Tecnologia e Educação) centro de educação superior especializado em áreas de inovação e empreendedorismo no setor de tecnologia.

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Atualmente a cidade conta com duas faculdades, três escolas técnicas, três centros de pesquisas e desenvolvimento e um laboratório de prototipagem. Isso rendeu ao município uma mão de obra qualificada e hoje o setor emprega 14 mil trabalhadores, sendo a maioria formada por centros de ensino e qualificação locais.

Só em 2018 o faturamento foi de R$ 3,2 bilhões de reais, o setor hoje possui 153 indústrias ligadas a área de tecnologia. Para o futuro, o setor espera receber novos investimentos para desenvolver a indústria 4.0 e tentar dar ao Brasil uma competitividade no mercado internacional em um cenário cada vez mais dominado pela tecnologia.

Minas Gerais dá um exemplo ao Brasil em realizar a junção de investimentos, tecnologia e acesso à juventude a um mercado qualificado com altos salários, sendo um sinal claro aos mineiros que a diversificação da economia e a tecnologia não pode ser mais encarada como uma opção, mais uma necessidade para o fortalecimento da economia do estado.

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Colunista
David Müller
davidmuller2oo6@yahoo.com.br

David Müller 
MBA em Administração Pública: Gestão, Planejamento e Orçamento (PUC/MG)
Especialista em Direito Administrativo (PUC/ MG)
Formado em Direito (PUC/ MG) e em Gestão Pública (Estácio/ RJ).