Operadores do PCC Tuta e Dezinho levavam vida de luxo e movimentavam mais de R$ 100 milhões por ano

Marcos Roberto de Almeida, o ‘Tuta’, e Odair Lopes Mazzi, o ‘Dezinho’, são apontados pelo Ministério Público de São Paulo como lideranças dos núcleos de lavagem da facção

Dois operadores financeiros do Primeiro Comando da Capital (PCC) entraram na mira do Ministério Público de São Paulo (MP-SP) com movimentações de mais de R$ 100 milhões por ano. Eles são apontados como líderes dos principais núcleos de lavagem de dinheiro da facção. Marcos Roberto de Almeida, conhecido como ‘Tuta’, foi alvo de um mandado de prisão preventiva nesta terça-feira (12), na segunda fase da Operação Sharks, mas está foragido. Odair Lopes Mazzi, o ‘Dezinho’, já havia sido preso em julho, em um resort de luxo em Pernambuco. Os dois levavam uma vida de nababesca. A rotina era de viagens internacionais em aviões privados, carros de luxo, mansões e roupas e assessórios de grife. Os investigadores apreenderam planilhas detalhadas sobre a contabilidade da facção. A movimentação global da organização criminosa ultrapassaria R$ 1 bilhão por ano, segundo o MP.

A investigação mira o alto escalão da facção. O Ministério Público de São Paulo, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), vem tentando sufocar as finanças da organização. A estratégia é tentar descapitalizar o grupo por meio da apreensão de bens, do bloqueio de contas bancárias e do cerco aos ‘laranjas’ e empresas de fachada usadas para lavar o dinheiro do tráfico.

“O interesse das investigações é por contas bancárias, cartões e escriturações da imóveis”, afirmou o procurador-geral de Justiça de São Paulo, Mario Sarrubbo, em entrevista coletiva mais cedo.

A segunda fase da Operação Sharks também envolveu o cumprimento de 20 mandados de busca e apreensão em São Paulo, na Baixada Santista e na Bahia. Os policiais apreenderam armas e munições, 35 relógios, celulares, computadores, documentos e dinheiro (R$ 65.629, além de 2 mil euros, 4 mil dólares e 9 mil pesos argentinos).

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