O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, obteve um aumento salarial de 298%, após a aprovação do Projeto de Lei 415/23 na tarde desta quarta-feira (4) na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). Com a vitória por 45 votos a favor e 20 contra, o governador verá seu salário aumentar de R$ 10,5 mil para R$ 41.845. O reajuste será implementado gradativamente em três anos, com valores de R$ 37.589,96 a partir de 1º de abril de 2023; R$ 39.717,69 a partir de 1º de fevereiro de 2024; e R$ 41.845,49 a partir de 1º de fevereiro de 2025.
O PL 415/23 também prevê o aumento salarial do vice-governador, Mateus Simões, de R$ 10.250 para R$ 37.660, também escalonado em três anos. Segundo o governo do Estado, é que os salários do primeiro escalão estavam sem reajustes desde 2007 e o aumento apenas compensava perdas inflacionárias.
Embora a vitória tenha sido expressiva, nenhum deputado da base do governo subiu à tribuna para defender a ascensão. A oposição, por outro lado, criticou fortemente o aumento e dominou as falas na ALMG. O deputado Caporezzo, da base do governo, que havia feito a defesa do aumento nas comissões, também criticou a proposta, destacando que o aumento é incoerente, já que as perdas inflacionárias no período ficaram em 147%.
A deputada Beatriz Cerqueira, do PT, também criticou o aumento salarial do governador, tentando que diversas carreiras de nível superior na estrutura do governo estadual ganhem menos de R$ 2 mil e questionando o aproveitamento do mérito utilizado na aprovação do reajuste do governador. A deputada Lohanna, do PV, lembrou que o governo e a base na Assembleia têm utilizado com frequência o argumento de que o Estado não tem recursos e enfrenta dificuldades fiscais com excesso de gastos públicos, ressaltando a incoerência da proposta.
A aprovação do reajuste do salário do governador Romeu Zema gerou polêmica e críticas por parte da oposição e da sociedade civil, que apontam a incoerência da medida em um momento de crise econômica e dificuldades financeiras do Estado.
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