Refugiados da Ucrânia visitam o litoral de São Paulo e celebram os dias de paz no Brasil

Grupo formado por 26 ucranianos, de 11 a 72 anos, estiveram em Guarujá, no litoral de São Paulo.

Um grupo formado por 26 refugiados da Ucrânia participaram de um projeto esportivo e de lazer na manhã de quarta-feira (8), em Guarujá, no litoral de São Paulo. Os ucranianos têm entre 11 e 72 anos e estão no Brasil há um ano. Eles foram convidados pelo Projeto Ondas para praticar aulas de surfe, futevôlei e beach tênis, além de conhecer as praias e pontos turísticos da cidade.

A TV Tribuna conversou com alguns dos refugiados, que contaram como foi a saída deles do país de origem e os desafios de ficar distante da família. A ucraniana Svitlana Nekhaeva, de 61 anos, explicou que ela veio para o Brasil com o marido, a filha, o genro e dois netos.

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Refugiados da Ucrânia visitam litoral de SP e participam de atividades na praia — Foto: Vanessa Medeiros

"Saímos da nossa cidade Kharkiv e, finalmente, da Ucrânia, porque a guerra começou. A Rússia invadiu a Ucrânia e era perigoso ficar lá. Muita gente morrendo, foi tudo muito triste. Nos afastar de outros parentes foi dolorido", disse ela.

Ainda de acordo com Svitlana, a chegada trouxe liberdade e uma vida em paz. "Quando chegamos no Brasil, procuramos moradia e trabalho. No começo foi difícil, mas conseguimos nosso espaço e estamos tranquilos. Temos paz e agora, um ano depois, estamos encantados com essa oportunidade", disse ela.

Já Irina Shevchenko, de 46 anos, explicou a que veio para o Brasil com os dois filhos e que essa foi a oportunidade para continuar viva. "Me sinto segura aqui, me sinto segura pelos meus filhos, sei que foguetes não vão passar por cima da minha cabeça. Sou muito grata à igreja e a todos os voluntários, graças aos quais vivemos aqui", contou a mulher.

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Sobre a visita ao litoral, Irina disse que conhecer a praia foi um momento de alegria e uma grande experiência. "Muito feliz por ter a oportunidade de visitar uma cidade maravilhosa, de conhecer pessoas maravilhosas, irmãos e irmãs, que me acolheram. Meus filhos estão felizes e eu também estou", falou.

Irina Shevchenko na praia da Enseada em Guarujá. — Foto: Lucas Santos

O idealizador do projeto Jojó de Olivença disse que a ação humanitária de boas vindas ao grupo de ucranianos refugiados de guerra foi uma forma de oferecer um momento de alegria, de lazer, de entretenimento.

"São famílias que vem de um sofrimento inimaginável por conta de toda a guerra e ainda se encontram longe de seus maridos que estão lá na frente de batalha. Tenho certeza que eles levaram um pouquinho da experiência do que é viver no Brasil interagindo com parte do povo brasileiro", disse ele.

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Jovens refugiados da Ucrânia participam de atividades em Guarujá, SP — Foto: Lucas Santos

Projeto Ondas

O Projeto Ondas tem a missão de contribuir para o desenvolvimento integral de pessoas em situação de vulnerabilidade socioeconômica, despertando a consciência cidadã.

O projeto é composto por programas integrados que promovem a formação através do esporte educacional e da prática esportiva, oferecemos apoio pedagógico, inclusão digital, ensino de práticas éticas de cidadania e educação ambiental.

As atividades servem para complementar o ensino dado nas salas de aula, com reforço em português, matemática, informática, educação ambiental, palestras sobre valores, além de assistência psicossocial e jurídica para os alunos e suas famílias.

Guerra da Ucrânia

A escalada de tensão entre Rússia e Ucrânia culminou em ataques por terra, ar e mar, que começaram na madrugada do dia 24 de fevereiro de 2022. Dias após uma série de ameaças e de ter reconhecido a independência de duas províncias separatistas do leste ucraniano, o presidente russo Vladimir Putin invadiu a Ucrânia.

Cidades como Kiev e Kharkiv, as duas maiores do país, foram atacadas com mísseis e bombas. Tropas russas também desembarcaram em Odessa, que fica às margens do Mar Negro, e cruzaram a fronteira até Kharkiv. Ao menos 137 pessoas morreram e outras 316 ficaram feridas na Ucrânia após os ataques russos, disse o ministro da Saúde da Ucrânia, Oleh Lyashko.

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