Servidores municipais fazem manifestação na manhã desta segunda-feira (7), na porta da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), no Centro. O movimento faz parte da paralisação de 24 horas contra a Reforma da Previdência.
De acordo com o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (Sindibel), devido à realização do ato, o atendimento nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), no Hospital Metropolitano Odilon Behrens (HMOB) ocorrem por meio de escala mínima.
Ainda conforme o sindicato, os serviços do Samu e da Guarda Municipal seguem realizados de forma integral.
Os servidores declararam estado de greve na última semana contra mudanças na previdência social e na aposentadoria, que estão sendo propostas pela administração municipal para votação na Câmara dos Vereadores.
A paralisação acontece em um ato conjunto do Sinmed-MG junto às entidades representativas do Sindibel, Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal de Belo Horizonte (Sind-Rede) e Sindifisco.
A reportagem entrou em contato com a PBH sobre a reivindicação dos servidores e também em relação ao atendimento nas unidades de saúde e aguarda retorno.
Entenda
O Projeto de Lei (PL 434/22) foi enviado à Câmara de vereadores em 10 de outubro. Segundo o Sind-Rede, que representa trabalhadores da educação de Belo Horizonte, o projeto foi colocado em votação às pressas na última terça-feira (25), quando passou pela Comissão de Legislação e Justiça e teve o parecer favorável na totalidade.
O projeto, agora, segue para as Comissões de Administração Pública e Orçamento e Finanças Públicas. Segundo o sindicato, a proposta aumenta o tempo de serviço, reduz aposentadorias dos servidores e tira direitos adquiridos.
Já a prefeitura alega que o projeto apenas atende às exigências da Emenda Constitucional (EC 103/2019). A norma, aprovada pelo governo Bolsonaro, estabeleceu um prazo até março de 2022 para que Estados e Municípios, que tenham regime próprio de previdência social, como é o caso de Belo Horizonte, adaptem suas normas à legislação federal.
É preciso, por exemplo, criar alíquota mínima de 14% para contribuição dos funcionários públicos e deixar de pagar benefícios adicionais, como auxílio-doença e salário-maternidade – transferidos para o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
O não cumprimento das regras impede a concessão do Certificado de Regularidade Previdenciária (CRP) aos municípios e a transferência de recursos da União.