Profissionais da enfermagem protestam contra suspensão do piso salarial na região hospitalar de Belo Horizonte

Profissionais da enfermagem realizaram, na manhã desta sexta-feira (9), um protesto contra a suspensão da lei que instituiu o piso salarial da categoria. O ato reuniu dezenas de pessoas na praça Hugo Werneck, em frente ao hospital Santa Casa, no bairro Santa Efigênia, região Leste da capital.

Enfermeiros, técnicos e auxiliares se reuniram por volta das 9h na região hospitalar da capital vestindo jalecos, com faixas e cartazes pedindo a valorização do profissional da enfermagem e a definição do piso salarial da categoria.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde de BH e Região (Sindeess), José Maria Pereira, os trabalhadores reivindicam, além do piso salarial, a convenção coletiva para a campanha salarial. "A data base venceu em abril e até hoje não assinamos por questões burocráticas do sindicato patronal", explica. 

Protestos

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Manifestações são registradas em diversas cidades do país no mesmo dia em que os ministros do Supremo Tribunal Federal começaram a julgar, no plenário virtual, a ação da Confederação Nacional de Saúde, Hospitais e Estabelecimentos de Serviços (CNSaúde), que contestou a validade da lei. A decisão foi deferida, por meio de liminar, pelo ministro do STF Luís Roberto Barroso no último domingo (4).

Em sua decisão, Barroso ressaltou a importância dos profissionais para o serviço de saúde e para o país. No entanto, afirmou que a lei foi aprovada sem prever estratégias para custear os novos valores.

A confederação afirma que a fixação de um salário-base para a categoria pode trazer impactos nas contas de unidades de saúde particulares pelo país e nas contas públicas de estados e municípios.

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A lei aprovada pelo Congresso fixou o piso em R$ 4.750, para os setores público e privado. O valor ainda serve de referência para o cálculo do mínimo salarial de técnicos de enfermagem (70%), auxiliares de enfermagem (50%) e parteiras (50%).

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