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Alerta
Assim que a chuva começou, a Defesa Civil lançou alerta para que as pessoas evitassem transitar nas ruas mais baixas da cidade. Avenidas como a Barão Homem de Melo, Silva Lobo, Amazonas, Carlos Luz e Francisco Sá são algumas que praticamente viraram rio.
Quando a água baixou, ficaram os prejuízos e o choro de quem contabilizava as perdas em meio à tentativa de se recuperar do susto. No bairro Prado, na região Oeste, a força da correnteza foi capaz de carregar pelo menos 40 veículos por vários metros. Os carros foram jogados contra as paredes e deixaram um rastro de destruição.
Rastro
Quando a chuva passou, se encontrava de tudo nas ruas: bancos, placas comerciais, pedaços de portas e partes de veículos, além dos carros tombados. Horas depois, o trânsito ainda estava congestionado na região.
Dentre os automóveis levados pela enchente, estava o da operadora de telemarketing, Brenda Luiza Machado, de 20 anos. “Tem só dois meses que comprei esse carro”, era só o que dizia, enquanto olhava chorando para o Gol preto virado na calçada.
Um bar da região ficou completamente devastado. Quando a enchente começou, a água inundou o estabelecimento com tanta velocidade que derrubou oito refrigeradores. Um deles foi arrastado para o outro quarteirão. O proprietário, Paulo Matos, estava lá e quase saiu ferido.
“Eu fui jogado com muita força contra a parede. Foi tudo tão rápido que nem deu tempo de correr”, conta. Em 18 anos que trabalha no local, ele conta que já teve o comércio alagado cerca de dez vezes. Mas essa foi pior. O prejuízo estimado é de, pelo menos, 40 mil.
Perto dali, a dona de uma loja de roupa totalmente destruída só conseguiu dizer: “Não tenho condições de conversar, mas o prejuízo foi de mais de R$ 300 mil”, disse a mulher, que saiu correndo.
O tenente do Corpo de Bombeiros, Fabrício Eduardo Dalfior, foi chamado para salvar três pessoas que estavam ilhadas na rua Ituiutaba, também no Prado. “Eles não ficaram feridos. Mas a situação foi crítica. A água alcançou um metro e 60 (centímetros)”, afirma.