Nesta segunda-feira (01), por volta das 10:15h compareceu no quartel da polícia militar de Arceburgo (MG), uma idosa de 73 anos, relatando que sua filha de 44 anos, que mora em sua casa, por volta das 09:45h deste mesmo dia, começou a jogar água por todo o chão da casa, utilizando-se de um balde, com o intuito de aumentar a conta de água e consequentemente fazer raiva em sua mãe que estava dentro da residência.
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A idosa relatou também aos militares, que logo após gastar muita água, sua filha deslocou até a cozinha onde colocou uma água para ferver dentro de uma panela no fogão, preparou o coador com café e açúcar e deslocou até um quarto localizado nos fundos da casa, onde deitou para cochilar, largando a panela no fogão com o fogo alto ligado, instante em que a idosa, ao perceber tal situação, desligou o fogo, pois havia o risco de incêndio e a água já estava fervendo, vindo a passar o café para sua filha, contudo, após acabar de fazer o café, a filha apareceu na cozinha revoltada, virou para a própria mãe e disse que não iria tomar aquele café, pois não tinha pedido para que a mesma o fizesse, dizendo que iria fazer outro café e, mesmo a idosa não tendo dito nada para contraria-la, a autora/filha pegou uma vassoura e ameaçou a mãe de morte dizendo: "vou te matar sua velha enrugada".
Neste instante, os filhos da autora, um menor de 16 anos e outro de 19 anos, que moram com a mãe e com a avó e escutaram a ameaça, chegaram correndo na cozinha e seguraram a agressora, instante em que a idosa/vítima, aproveitando que seus netos a ajudaram, saiu correndo para a rua, dizendo que iria deslocar até a polícia militar.
A vítima disse aos militares que no momento em que caminhava pela rua, em direção ao quartel da PMMG, a autora saiu da casa transtornada e foi em sua direção com um pedaço de toco de madeira na mão, ameaçando e ofendendo a própria mãe, dizendo: "vou te matar sua puta", "vou te mandar para o cemitério", "não quero ver sua cara dentro de casa", instante em que jogou o toco de madeira em direção da própria mãe, vindo a acertar o referido toco na parte posterior da perna esquerda da idosa causando-lhe uma lesão corto-contusa, conforme receituário médico.
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Foto: Polícia Militar/Divulgação[/caption]
Logo após ferir sua mãe, a agressora continuou dizendo em alto e bom som, no meio da rua que enquanto não matasse sua mãe, não iria sossegar e começou a jogar blocos de construção civil, em cima da casa da idosa, vindo a destruir várias telhas da residência. Neste instante, os netos da vítima saíram na rua e pela segunda vez, socorreram sua avó, a levaram para dentro de casa e trancaram o portão.
A vítima disse a polícia que logo depois, ficou sabendo através de terceiros que sua filha havia partido em direção a casa de uma amiga e por isso saiu de casa e deslocou até o quartel onde relatou o ocorrido.
Diante da situação, os policiais militares encaminharam a idosa até o pronto atendimento médico de Arceburgo onde a mesma foi atendida por uma médica e posteriormente a guarnição deslocou até a residência da amiga da agressora, juntamente com uma testemunha, onde os militares depararam com a autora, bebendo uma garrafinha de "corote", que é um coquetel alcoólico, tendo a mesma confirmado perante a testemunha que realmente havia ofendido e ameaçado sua própria mãe e que não arrependia de nada do que havia feito.
Diante da situação e em conformidade com os artigos 129, 139, 147 e 163 do código penal brasileiro, foi dada voz de prisão em flagrante delito a autora, sendo a mesma conduzida até o quartel da polícia militar de Arceburgo, não sendo necessária a utilização de algemas. A autora também foi conduzida até o pronto atendimento médico, onde também foi atendida por uma médica que não constatou lesões na autora, conforme receituário médico.
Ainda de acordo com a PM, a idosa de 73 anos, relatou que sofre de hipotensão, labirintite crônica e quase todos os dias tem tonturas, disse chorando, durante a confecção do boletim de ocorrência que não está mais aguentando os maus tratos de sua filha e que já não come nem dorme direito, relatando ainda que apesar de não ter feito boletins de ocorrência anteriormente contra sua filha, as ameaças e difamações já ocorrem a aproximadamente dois anos e que sua filha é alcoólatra e as vezes usa droga, pois chega transtornada em casa.
Por essas razões, a vítima disse que teme por estar em risco iminente de morte. O toco de madeira utilizado para a agressão não foi localizado.
A autora foi encaminhada a Delegacia de Polícia Civil, onde foi arbitrada pela autoridade policial, a fiança de R$1.000,00 (mil reais), como a autora não pagou a fiança arbitrada pela autoridade competente, a mesma foi conduzida a Penitenciária de Botelhos e vai responder pelos crimes de Lesão Corporal (Maria da Penha), Difamação, Ameaça e Dano.