A polícia da Coreia do Sul confirmou nesta quinta-feira (9) a morte do prefeito de Seul, Park Won-soon, de 64 anos. Após quase oito horas de buscas, o corpo do político foi encontrado perto do Monte Bugak, ao norte da capital do país. As autoridades sul-coreanas ainda não divulgaram a causa da morte e o motivo do desaparecimento.
De acordo com relatos da imprensa sul-coreana, Park deixou a residência oficial por volta de 10h40 (horário local), usando um chapéu preto e uma mochila, e havia cancelado um encontro agendado para a manhã desta quinta-feira. Ele não apareceu mais depois disso.
Segundo a agência de notícias Yonhap, a filha de Park acionou a polícia após receber uma mensagem que parecia "um testamento" do pai. Ela procurou os policiais às 17h17 locais (5h17 de Brasília) e disse que o telefone do prefeito estava desligado.

Então, policiais iniciaram as buscas no distrito de Sungbuk-dong, ao norte de Seul — local onde o último sinal do celular do prefeito foi detectado. Cerca de 600 agentes de segurança, além de drones e cães de buscas, participaram da operação.
O policial Choi Ik-su, da Polícia Metropolitana de Seul, não há indícios de homicídio. Além disso, embora a filha relate ter recebido uma mensagem semelhante a um testamento, as autoridades não encontraram algo que confirmasse um suposto suicídio de Park. As causas da morte e o motivo do desaparecimento ainda não foram revelados.

Acusação de assédio sexual
Park governava Seul, capital sul-coreana, desde 2011. Na imprensa local, o político era enxergado como um potencial candidato a presidência do país nas eleições marcadas para 2022.
De acordo com o "New York Times", na quarta-feira, duas redes de TV coreanas noticiaram que Park estava sendo processado por uma secretária por assédio sexual. Pela acusação, ele estaria praticando isso desde 2017.