Manifestantes se reuniram na Esplanada dos Ministério em Brasília neste domingo (24) em apoio a Bolsonaro

O presidente caminhou na pista entre a Praça dos Três Poderes e o Palácio do Planalto, onde acenou e interagiu com os apoiadores. “Nós vamos ganhar essa guerra”, afirmou o ministro Augusto Heleno, durante a caminhada. “O risco é calculado e vai dar tudo certo.”  Antes de se aproximar, Bolsonaro sobrevoou a região de helicóptero, junto ao ministro, para "olhar a manifestação de cima".    A matéria continua após a publicidade  
As manifestações ocorrem dois dias após a divulgação do vídeo da reunião ministerial em 22 de abril. O ato começou na manhã deste domingo (24). Manifestantes com bandeiras do Brasil passaram de carro e a pé em frente à Esplanada dos Ministérios, guiados por um carro de som. Reunião ministerial O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a divulgação do vídeo da reunião ministerial de 22 de abril na sexta-feira (22). Em sua decisão, o ministro afirmou que "ninguém está acima da autoridade das leis e da Constituição da República". O ministro argumenta que, por isso, a investigação de crimes eventualmente atribuídos ao presidente é legítima. No mesmo dia, Bolsonaro disse que no vídeo não contém "nenhum indício de interferência na Polícia Federal". Abuso de autoridade O presidente Jair Bolsonaro postou uma mensagem no Facebook neste domingo (24) insinuando que a divulgação do vídeo de uma reunião de governo pelo ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), pode configurar "abuso de autoridade". Bolsonaro publicou o artigo 28 da Lei 13.869 de 2019, que diz que "divulgar gravação ou trecho de gravação sem relação com a prova que se pretenda produzir, expondo a intimidade ou a vida privada ou ferindo a honra ou a imagem do investigado ou acusado", é passível de pena de "um a quatro anos" de prisão. A reunião em questão ocorreu em 22 de abril e foi citada pelo ex-ministro da Justiça Sérgio Moro como prova da suposta interferência de Bolsonaro na Polícia Federal. Durante o encontro, o presidente revelou ter um "sistema particular" de informações e reclamou que não podia ser "surpreendido com notícias". "Eu não vou esperar foder a minha família toda, de sacanagem, ou amigos meus, porque eu não posso trocar alguém da segurança na ponta da linha que pertence a estrutura nossa. Vai trocar! Se não puder trocar, troca o chefe dele. Não pode trocar o chefe dele? Troca o ministro. E ponto final!", disse Bolsonaro. Na mesma reunião, os ministros Abraham Weintraub (Educação) e Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos) defenderam a prisão, respectivamente, de ministros do STF e de governadores e prefeitos que impuseram medidas de isolamento durante a pandemia do novo coronavírus. Na última sexta-feira (22), o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, já havia divulgado uma nota afirmando que a eventual apreensão do celular de Bolsonaro, pedida por partidos de oposição, teria "consequências imprevisíveis para a estabilidade nacional". (ANSA).

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