Polícia Civil desmantela grupo que usava sistema financeiro para lavar dinheiro em BH

Com a deflagração da operação “Slow”, no mês de fevereiro, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) conseguiu desarticular uma associação criminosa que atuava em Belo Horizonte utilizando sistema financeiro nacional para lavar dinheiro oriundo do tráfico de drogas. Quatro pessoas foram presas no decorrer das investigações, e sequestrados judicialmente bens em mais de R$1 milhão.

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As apurações tiveram início com o monitoramento de dois suspeitos, de 30 e 31 anos, moradores do Aglomerado da Serra, que movimentavam o tráfico de drogas na localidade conhecida como “Gogó da Ema”, região Leste de Belo Horizonte. “Foi constatada a utilização do sistema financeiro nacional para tramitação de valores oriundos da venda de drogas, inclusive com depósitos em espécie e transferências bancárias entre os investigados, levando à conclusão pela ocorrência do crime de lavagem de dinheiro”, detalhou o Delegado Thiago Machado, titular da 2ª Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) do Departamento Estadual de Operações Especiais (Deoesp).
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Foi apurado que o suspeito de 31 anos, auxiliado pela esposa, também de 31, criou a empresa “Transavesso” e passou a adquirir caminhões que eram empregados no ramo de transportes, acreditando dar uma aparente legalidade aos negócios realizados por eles. O suspeito de 30 anos foi preso em uma primeira oportunidade em julho de 2019, na cidade de Curvelo, onde se encontrava escondido em virtude de mandado de prisão em aberto por homicídio expedido pela Justiça em Belo Horizonte. Na ocasião, ele chegou a apresentar um documento falso e, por isso, também foi autuado em flagrante. O suspeito de 31 anos também ficou foragido por participação no mesmo crime, mas ainda em 2019 foi absolvido.
Em virtude das investigações, após representação da PCMG, a Justiça decretou a prisão temporária de seis investigados, além do sequestro de bens e expedição de mandados de busca e apreensão em imóveis suspeitos. Foram cumpridos um total de nove mandados de busca e apreensão, e a PCMG procura agora por dois foragidos. O suspeito de 31 anos foi preso no estado da Bahia na condução de uma das carretas de propriedade dele. O homem, de 30 anos, foi preso no bairro Barreiro, na capital, pois já havia sido liberado pela Justiça em Curvelo. Já a esposa do homem detido na Bahia foi presa no bairro Concórdia, também em Belo Horizonte. Por fim, um homem de 45 anos foi preso na cidade de Itaúna. Roberto da Silva Silvestre, 25 anos, e Paulo Henrique de Sena Pinto, 30, não foram localizados e se encontram foragidos.
Foram objetos de sequestro judicial um imóvel, oito veículos e valores constantes nas contas bancárias dos suspeitos. O patrimônio sequestrado pelo Poder Judiciário em virtude das investigações está avaliado em mais de R$ 1 milhão. As investigações tiveram o apoio do Laboratório de Tecnologia Contra Lavagem de Dinheiro da PCMG.
[caption id="attachment_67905" align="alignnone" width="1280"] PCMG/Divulgação[/caption] [caption id="attachment_67906" align="alignnone" width="1280"] PCMG/Divulgação[/caption] [caption id="attachment_67907" align="alignnone" width="1280"] PCMG/Divulgação[/caption]

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