As 62 exonerações de comissionados feitas no fim de semana pelo presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, Adalclever Lopes (MDB), podem levar a uma economia de R$ 400 mil mensais, caso os cargos não venham a ser reocupados. A matéria continua após a publicidade Conforme levantamento feito pelo Hoje em Dia, o montante anual a ser economizado seria superior a R$ 5 milhões, se somadas as gratificações de dezembro e eventuais férias e vantagens de alguns dos exonerados. O maior número de assessores parlamentares exonerados é da categoria VL-36 (vencimentos básicos de R$ 5.243), o que totaliza R$ 68 mil mensais em salários, de acordo com a atual Tabela de Índices e Padrões de Vencimento da Assembleia. A segunda categoria com mais dispensados é a VL-56: são quatro agora ex-assessores, cujos vencimentos individuais básicos eram de R$ 13.911 (a soma é superior a R$ 55 mil mensais). Há ainda três exonerados em cada uma das seguintes categorias: VL-43 (vencimentos de R$ 7.377), VL-40 (R$ 6.372), VL-28 ( R$ 3.548) e VL-16 (R$ 1.976). As demais têm um ou dois dispensados cada, sendo que a de maior salário é a VL-57, com um servidor, que fazia jornada de 18 horas e tinha salário de R$ 18.625. O Hoje em Dia não teve acesso ao número total de servidores da Assembleia nem a quantos seriam comissionados. Normalidade Parte das exonerações atingiu servidores lotados na liderança de governo, exercida pelo deputado Durval Angelo (PT). Entre integrantes do Bloco Minas Melhor, maioria na Assembleia e composto por PT, MDB e outros partidos da base de sustentação do governo, a explicação é a de que as exonerações seriam “algo normal em período pré-eleitoral”. Procurada para explicar a distribuição de cargos, a assessoria de comunicação da Casa não conseguiu levantar os dados até o fechamento desta edição. O deputado Durval Ângelo não foi encontrado para falar sobre o assunto. Já a presidência da Assembleia não quis se manifestar.