Polícia Civil prende médico suspeito de praticar crimes sexuais contra pacientes em BH

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) prendeu preventivamente, na manhã dessa segunda-feira (16), o médico ginecologista Edilei Rosa de Novaes, de 74 anos. Ele é investigado pela Delegacia Especializada de Investigação à Violência Sexual pelos crimes de importunação sexual, abuso sexual, violação sexual mediante fraude e assédio sexual contra 20 mulheres.

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Segundo a Delegada Juliana Califf, entre essas vítimas existem relatos de abusos que ocorreram há 28 anos, com a possibilidade de alguns casos já terem sido prescritos. "No entanto, a PCMG vai analisar cada caso, separadamente, para verificar o tipo de crime e se já houve a prescrição", observou.
Ainda de acordo com a Delegada, em depoimento, o suspeito negou a prática dos crimes. “Ele afirma que todas as consultas foram realizadas de acordo com o que regem os protocolos de condutas médicas, não reconhecendo que possa ter cometido algum crime”, explicou. Nesta manhã, também foi cumprido mandado de busca e apreensão na casa e no consultório do médico, onde a Polícia Civil apreendeu dois computadores, um aparelho celular, tablete e pen drive.
O caso veio à tona em 27 de novembro, quando o ginecologista foi denunciado por uma mulher de 22 anos, ao sair do consultório de uma maternidade particular em Belo Horizonte. Na ocasião, o homem foi preso em flagrante, mas acabou liberado em audiência de custódia, depois de pagar fiança. O inquérito foi concluído poucos dias depois, com indiciamento do médico por importunação sexual.
Posteriormente, um novo inquérito foi aberto para investigar outros 29 casos, que envolvem pacientes e funcionárias. Entre as vítimas que relataram terem sido abusadas durante as consultas está uma adolescente, de 16 anos. Por se tratar de menor de idade, a investigação está a cargo da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente.

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