Câmeras de segurança irão monitorar os quatro cemitérios municipais da capital. A partir de setembro, o do Bonfim, na região Noroeste, receberá 52 equipamentos. As imagens serão transmitidas em tempo real ao Centro Integrado de Operações de Belo Horizonte (COP-BH). O intuito é garantir a segurança dos frequentadores e proteger o patrimônio público.
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As informações são da Diretoria de Necrópoles da Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica (FPMZB). Chefe do departamento, Wellington Correa conta que o novo sistema terá custo de R$ 450 mil, referente à implantação no próximo mês. A próxima unidade a receber a tecnologia (da Paz, Consolação ou Saudade) ainda não foi definida.
Ser a necrópole mais antiga da cidade, com valor histórico, e ter registros de roubos de peças de arte dos túmulos pesaram para que o Bonfim fosse o primeiro a contar com o videomonitoramento. “Faz parte de um planejamento de revitalização. É um cemitério clássico. Já temos ações para coibir (os atos criminosos) com presença de guardas municipais, e agora vamos completar”, diz Wellington.
O diretor garante que, desde 2017, não recebeu informações de violência durante os velórios. “Mas casos de vandalismo existem”, reconhece. Em nota, a Secretaria Municipal de Segurança Pública informou fazer patrulhamento preventivo nos cemitérios públicos de BH, mas não há previsão de efetivo fixo nos locais. De janeiro a julho, seis ocorrências foram registradas pela corporação nas necrópoles.
No Bonfim, 39 câmeras serão instaladas nas quadras, nove nos velórios e quatro no prédio da administraçãoProteção
O videomonitoramento é alternativa para reforçar a vigilância, afirma o advogado e professor Alexandre Auad, das Faculdades Promove, especialista em direito criminal. “Notadamente, existem furtos e roubos nesses espaços”, frisa. Há dez anos, segundo ele, o túmulo do pai também foi vandalizado em uma das unidades da capital.

Não há previsão de efetivo fixo nas necrópoles