Um dos mais tradicionais blocos de pré-Carnaval da capital mineira, o Mamá na Vaca lota as ruas do bairro Santo Antônio, na região Centro-Sul, com milhares de foliões. O bloco, que faz referência à vaquinha instalada na Leopoldina, principal rua do bairro, chega ao nono ano na folia de BH. Democrático, arrasta gente de toda idade. De crianças e famílias a jovens e idosos.
A matéria continua após a publicidade
As amigas Carmem Pereira e Eva Martins, ambas de 57 anos, se juntaram a outras 20 mulheres de fantasias iguais. “Nosso tema escolhido foi o ícone do empoderamento feminino, "Rosie, a rebitadeira". Temos uma fantasia para cada dia de Carnaval, incluindo os desfiles pré, e estamos sempre iguais”, contam.
O grupo, chamado 50 e mais, reúne as amigas e, neste ano, conta com a presença das filhas. Elas, que já viajaram para Rio de Janeiro, Olinda e Salvador, há alguns anos têm escolhido ficar em BH. “Depois que animou começamos a ficar aqui. Acho que ocupamos BH de uma forma legal”, observa Eva.
Já a foliona Elizeth Munhoz, de 60 anos, não deixa de ir para capital fluminense desfilar pela Mangueira. A agenda, cumprida há 30 anos, no entanto, não a impede de prestigiar a festa de pré-Carnaval.
“Gosto muito da alegria, dos blocos, de me divertir. Mas acho que há dois anos era melhor, mais democrático. Agora tem mais imposição da prefeitura, uma organização que a meu ver deu errado”, pondera.

"As rebitadeiras" no Carnaval no Santo Antônio